Cabral diz que lhe faltou humildade para ouvir críticas de manifestantes
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), convocou a imprensa nesta segunda-feira (29) para reconhecer erros de seu governo, reprovado por 50% eleitores em pesquisa do Ibope divulgada na quinta-feira. Segundo ele, lhe faltou humildade para ouvir críticas da oposição e manifestantes. Porém, ele disse que isso vai mudar.
Em entrevista coletiva concedida nesta noite no Palácio Guanabara, Cabral afirmou que a visita do Papa Francisco ao Brasil o tocou. Prometeu manter uma relação mais próxima com aqueles que discordam de suas decisões e também fez um apelo aos que protestam em frente à sua casa, no bairro do Leblon, Zona Sul do Rio.
“Na porta de casa, eu tenho crianças pequenas. Eu tenho um filho de seis anos e outro de 11”, afirmou Cabral. “Lá não é um lugar para protestar. É um apelo de pai mesmo.”
Cabral disse que “não é um ditador”, mas sim um “absoluto democrata”. Lembrou que está há anos na vida pública e sempre foi favorável à discussão. Entretanto, pediu que os manifestantes que se concentram em torno de sua residência deixem sua família em paz.
O governador disse que está disposto a receber na sede do governo qualquer grupo de protestantes. Disse, inclusive, que a visita do Papa o inspirou na busca por uma nova relação com seus opositores.
“Nunca fiz uso da religiosidade na vida pública, mas a visita do Papa me tocou”, disse ele. “Eu estava precisando de uma dose de humildade. Jamais terei vergonha de reconhecer. Errei em não ouvir.”
Apesar disso, Cabral disse que considera seu governo positivo. Afirmou que várias conquistas foram alcançadas desde que assumiu o Executivo estadual há sete anos, e isso também precisa ser reconhecido. “Fizemos muitas coisas importantes. Foram muitas conquistas”, disse.
A respeito das críticas sobre o uso particular de helicópteros do governo, Cabral disse que já criou uma comissão para que sejam elaboradas regras para a utilização das aeronaves. Enquanto isso, nenhum membro de sua família voará nos equipamentos do Estado.
Ele também disse que o processo de pacificação de favelas do Rio de Janeiro continua. Descartou qualquer crise na Polícia Militar devido às críticas sobre a atuação da corporação na contenção de protestos no Estado ou nos conflitos em comunidades carentes da capital.
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