Polícia hasteia bandeira do Brasil em praça apelidada de "Cadê o Amarildo" após operação no Rio
A polícia hasteou a bandeira do Brasil em uma praça para marcar a ocupação dos complexos de favelas do Lins de Vasconcelos e Camarista Méier, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (6). A praça localizada na comunidade Cachoeirinha não tem um nome conhecido pelos moradores, mas já ganhou um apelido: "Cadê o Amarildo".
"Eles têm que explicar onde está o Amarildo. Agora eles vêm para cá todos bonzinhos, mas até semana passada estavam dando tiro aqui dentro. Morador também tem direito de falar", disse uma moradora, que não quis se identificar.
No local, onde fica um parquinho para crianças das comunidades, havia as iniciais do Comando Vermelho pichadas em alguns muros. Funcionários da Comlurb pintaram os muros para apagar os dizeres antes do hasteamento da bandeira do Brasil. No entanto, pelas ruelas da favela, o CV está pichado em outros muros e paredes.
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- http://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/10/06/na-sua-opiniao-as-upps-sao-eficazes-no-combate-a-violencia-no-rio-de-janeiro.js
Especialistas veem o projeto das UPP com ressalvas. É o caso do coordenador do Núcleo de Estudos em Cidadania, Conflito e Violência Urbana da Universidade Federal Fluminense (UFRJ), Michel Misse, que lembra que a maioria das unidades de polícia pacificadora está concentrada em áreas mais nobres, como a zona sul da cidade do Rio de Janeiro.
Ele questiona se as UPP têm o objetivo de proteger os moradores das favelas ou os do “asfalto”. Ele diz, por exemplo, que as comunidades carentes deveriam receber, além da atenção dos órgãos de segurança pública, iniciativas nas áreas de educação, saúde e saneamento básico e, segundo Misse, isso não ocorre na maioria das favelas com UPP.
Dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) mostram que houve aumento no número de desaparecimentos nas 18 primeiras comunidades que receberam UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), no período entre 2007 e 2012. O levantamento feito pelo UOL tem base nas ocorrências registradas um ano antes e um ano depois das respectivas ocupações, e vai da UPP Santa Marta, inaugurada em novembro de 2008, em Botafogo, na zona sul, à UPP Mangueira, na zona norte da cidade, lançada em novembro de 2011.
A operação para instalar UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) neste domingo (6) durou cerca de 50 minutos e contou com 370 policiais do Bope Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) .
Balanço preliminar oficial da operação aponta que uma pessoa foi presa com duas pistolas, maconha, cocaína e crack. O nome do suspeito e a quantidade das drogas não foram divulgadas.
De acordo com dados do Instituto Pereira Passos (com base no censo do IBGE de 2010), 15.099 mil pessoas vivem no Complexo do Lins, que compreende as comunidades Cachoeirinha, Cotia, Bacia, Encontro, Amor, Cachoeira Grande, Nossa Senhora da Guia, Dona Francisca/Árvore Seca, Barro Preto, Barro Vermelho, Vila Cabuçu e Santa Terezinha. No conjunto Camarista Méier vivem cerca de 4.850 pessoas.
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