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Polícia indicia 2 motoristas por mortes de 6 pessoas durante racha em SP

Do UOL, em São Paulo

08/10/2013 21h26Atualizada em 08/10/2013 21h29

Dois motoristas foram indiciados pela Polícia Civil pelo atropelamento e morte de seis pedestres durante um suposto racha em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, há dez dias. O documento foi enviado à Justiça nesta segunda-feira (7).

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Reginaldo Ferreira da Silva, 41, e Paulo Henrique Batista, 22, foram indiciados por lesão corporal dolosa e homicídio doloso. Reginaldo também vai responder pelo crime de embriaguez ao volante.
 
O Ministério Público deve analisar o caso e decidir se aceita ou não a denúncia. Reginaldo Ferreira continua preso. Já Paulo Henrique teve a prisão decretada pela Justiça na semana passada, mas até a noite desta terça-feira (8) não havia sido localizado pela polícia.

 

Mortes após racha

De acordo com a polícia, na madrugada de 28 de setembro, o pedreiro Reginaldo dirigia pela avenida Japão quando foi convidado por Paulo Henrique para participar de um racha. Em depoimento, Reginaldo afirmou ter sido ultrapassado por outro veículo, que fez sinal para a disputa com as duas setas ligadas.
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Sob efeito de álcool e sem a carteira de habilitação, Reginaldo perdeu o controle do veículo e atingiu um grupo de oito pessoas que estava próximo à via. Seis --com idade entre 13 e 22 anos-- morreram na hora e outras duas ficaram feridas. Segundo a polícia, três dos mortos eram da mesma família.

Reginaldo, que disse à polícia ter bebido apenas duas garrafas de cerveja, fugiu do local do acidente sem prestar socorro às vitimas, mas foi preso no mesmo dia, após diligência. O pedreiro conduzia o veículo a 140 km/h, segundo consta no velocímetro, que ficou travado depois do acidente, em uma avenida onde a velocidade máxima permitida é de 50 km/h.

Paulo Henrique Batista se apresentou à polícia dois dias após o acidente, negou ter chamado o outro motorista para um racha e foi liberado, mas a polícia resolveu fazer o pedido de prisão preventiva para evitar que o jovem atrapalhe as investigações, após descobrir que ele teria voltado ao local do crime entre 40 e 50 minutos depois para buscar a placa do carro.

O advogado dele, Francisco Alves de Lima, disse que o cliente "foi vítima de um psicopata do volante". "Ele não participou de racha algum: foi vítima de um psicopata do volante e só deixou o local do acidente [sem prestar socorro às vítimas] porque poderia ser linchado se ficasse lá", afirmou.

Violência no Estado de São Paulo
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