Prefeitura de São Paulo afasta mais três fiscais suspeitos de fraudar ISS
A Prefeitura de São Paulo informou nesta sexta-feira (8) que os auditores fiscais Ronilson Bezerra Rodrigues, Carlos Augusto di Lallo do Amaral e Eduardo Barcellos foram afastados por 120 dias. Eles são acusados de integrar um grupo que exigia propina de empresas para fraudar o pagamento do ISS (Imposto Sobre Serviços). Ronilson é acusado de liderar o grupo.
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O afastamento dos servidores será publicado no "Diário Oficial da Cidade", informou a prefeitura, por meio de nota.
Outro envolvido no esquema, segundo investigação do MPE (Ministério Público Estadual), o auditor Luis Alexandre Cardoso Magalhães já havia sido afastado no último dia 5.
O grupo é suspeito de fraudar até R$ 500 milhões em ISS cobrado sobre empreendimentos imobiliários recém-construídos.
Autorizada pela Justiça, a gravação foi feita em 18 de setembro deste ano, dia em que Rodrigues foi convocado pela Controladoria Geral do Município para explicar por que seu patrimônio era incompatível com seus rendimentos.
Rodrigues foi subsecretário da Receita Municipal, um apêndice da Secretaria das Finanças, no governo de Gilberto Kassab (PSD).
Segundo investigação da controladoria e do Ministério Público, as fraudes lideradas por ele na administração anterior, entre 2010 e 2012, causaram prejuízo de cerca de R$ 500 milhões em impostos não recolhidos.
"Tinham que chamar o secretário e o prefeito também, você não acha? Chama o secretário e o prefeito com quem eu trabalhei. Eles tinham ciência de tudo", diz Rodrigues na conversa com Paula Sayuri Nagamati, amiga do fiscal e chefe de gabinete da secretaria de Finanças na gestão anterior.
Por meio de assessoria de imprensa, o ex-secretário de Finanças Mauro Ricardo Costa afirmou que, "caso o Sr. Ronilson esteja se referindo a ele, as acusações são absolutamente infundadas e as investigações do Ministério Público comprovam isso".
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