Prefeitura e Força Nacional fazem mutirão de pintura em favela no Rio
Moradores do Morro Santo Amaro, no Catete, zona sul do Rio de Janeiro, em parceria com agentes da Força Nacional, que ocupam a comunidade desde maio do ano passado, participam nesta quinta-feira (26) de um mutirão para pintar as casas da favela. Organizados pela Prefeitura do Rio, os trabalhos, que integram o Programa Crack, É Possível Vencer, do governo federal, vão durar três dias e contarão com cerca de 120 homens da segurança pública, que vão ajudar os voluntários durante as pinturas das residências.
No total, serão utilizados cerca de 125 latões de tinta. A estimativa da prefeitura é que pelo menos 13 mil metros quadrados da comunidade sejam pintados nas cores verde, amarelo, azul e laranja.
De acordo com o secretário municipal de Governo, Rodrigo Bethlem, o projeto tem como objetivo elevar a autoestima de quem vive no local. Ele informou que a prefeitura tem a intenção de expandir a ideia para outras comunidades cariocas.
"Essa ações de cidadania aqui no Santo Amaro têm sido muito bem-sucedidas graças à cooperação da população com o nosso trabalho. Isso é muito importante para um lugar que foi muito estigmatizado por ter sido um dos principias pontos de venda de crack do Rio. Além disso, queremos fazer com que a Força Nacional possa se aproximar mais da população, para que ela possa ser vista como uma parceira de quem vive aqui", disse Bethlem.
O porteiro Antônio Alves, que teve sua casa totalmente pintada, aprovou a iniciativa e se colocou à disposição para ajudar na remodelagem das casas. "Para nós é uma maravilha receber um tipo de serviço como esse, estava mesmo querendo pintar toda a fachada da minha casa, mas não estava com dinheiro suficiente para comprar tinta e o restante do material. Agradeço muito ao pessoal da Força Nacional, estão fazendo um grande trabalho", comemorou Alves.
O Morro Santo Amaro já foi considerado um dos maiores pontos de venda de drogas da capital fluminense, mas segundo a Secretaria Municipal de Governo, desde a ocupação pela Força Nacional, a comunidade não registra ocorrências policiais graves, como casos de homicídios e roubos a residências.
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