Após chacina, PM encontra corpo carbonizado em Campinas
O corpo um homem foi encontrado carbonizado na manhã desta terça-feira (14) em uma rua do bairro Vista Alegre, em Campinas (a 93 km de São Paulo).
A Polícia Militar não confirma se a morte tem relação com a chacina da madrugada de segunda-feira (13).
Ainda não há identificação do corpo. O caso está sendo investigado pelo 9° Distrito Policial, da região de Ouro Verde.
Entre a noite do domingo (12) e a madrugada desta segunda-feira (13), 12 pessoas morreram e ao menos três ônibus e um carro foram incendiados, e outros sete ônibus depredados, segundo a Transurc (Associação das Empresas de Transporte Urbano de Campinas).
Chacina
Um adolescente de 17 anos está entre os mortos. As 12 vítimas tinham até 30 anos e ao menos metade delas tinham passagens pela polícia por crimes como tráfico de drogas, homicídio e roubo de veículos. Os corpos já foram enterrados.
De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), foram encontrados mortos na rua Doutor Renato Luiz Pereira da Silva, no Recanto do Sol 2, os jovens Peterson Rodrigo Calderari, 17, Wesley Adiel Lopes, 19, Patrick Ernandes da Silva, 19, e Alex Sandro Giovanelli de Carvalho, 30.
Segundo o pai de um dos mortos, os criminosos chegaram ao local em dois carros --um preto e outro prata-- e atiraram contra as vítimas.
Outros cinco corpos foram encontrados por guardas municipais em Vida Nova. Rodiney Manoel, 27, Gustavo de Sousa Moura da Silva, 21, e Diego Dias Coelho, 24, estavam na rua Luzitânia Isabel Paes Segallio, e Daniel Vitor da Silva, 20, e José Ricardo Grilo, 20, na rua Quatro, perto dali.
Um adolescente de 14 anos também foi baleado. Ele foi socorrido, e o estado de saúde dele ainda não foi informado.
As mortes foram registradas no 1º DP de Campinas, mas serão investigadas pelo 9º DP, responsável pela área. O Ministério Público do Estado também vai acompanhar o inquérito. O promotor Ricardo José Gasques de Almeida Silvares foi escolhido pela Procuradoria Geral do Estado para o caso.
Segundo a Polícia Civil, uma das linhas de investigação apura o envolvimento de policiais militares nos assassinatos em série, todos com características de execução. Os casos ainda estão sendo apresentados, e a polícia não descarta um aumento no número de mortos.
Ônibus destruídos
Os ataques aconteceram na manhã de segunda, no terminal Vida Nova, que teve uma das cabines quebradas com pedras e pedaços de pau e outra queimada por um grupo de cerca de 300 pessoas. De acordo com a Transurc, algumas pessoas estavam com os rostos cobertos, carregando pedaços de pau, pedras e substâncias inflamáveis.
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