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"Absolutamente abominável", diz Cabral sobre morte de mulher arrastada

Do UOL, no Rio

18/03/2014 12h35

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou nesta terça-feira (18), durante cerimônia de inauguração do novo trem da SuperVia, que a morte de Cláudia da Silva Ferreira, baleada no domingo (16) durante ação policial na comunidade da Congonha, na zona norte da capital fluminense, e arrastada por um carro policial foi “abominável”.

Polícia ouve PMs acusados por morte de mulher

“Foi completamente desumano, desde o atendimento, desde onde ela foi colocada. Uma cena absolutamente abominável. Isso não tem impunidade”, disse o governador. “Já estão presos e vão responder por essa barbaridade.”

Cláudia estava sendo levada ao hospital por três policiais militares no porta-malas do carro. No trajeto, o porta-malas abriu e ela foi arrastada por cerca de 350 metros, segundo mostra um vídeo divulgado pelo jornal “Extra” nesta terça.

Por determinação da própria Polícia Militar, os três policiais responsáveis pelo socorro, dois subtenentes e um soldado, estão presos. Os PMs vão ficar no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste carioca. Eles já foram afastados de seus cargos. A Delegacia de Madureira (29ª DP) vai convocar os policiais militares para prestar novos depoimentos sobre a morte de Cláudia.

A presidente Dilma Rousseff publicou em sua página no Twitter mensagens de pesar pela morte de Cláudia. "Cláudia da Silva Ferreira tinha quatro filhos, era casada havia 20 anos e acordava de madrugada para trabalhar em um hospital, no Rio. A morte de Claudia chocou o país", escreveu a presidente. "Nessa hora de tristeza e dor, presto a minha solidariedade à família e amigos de Cláudia."

O socorro prestado pelos policiais foi um procedimento "totalmente equivocado", segundo o porta-voz da PM, coronel Cláudio Costa. Segundo ele, os três policiais agiram certo ao socorrer a vítima, mas erraram ao colocá-la no porta-malas do veículo.

O porta-voz da PM disse que, após a conclusão do inquérito policial militar (IPM) aberto para investigar a conduta dos três, será instaurado um procedimento administrativo que poderá resultar na expulsão dos agentes.