Criança recebe 4 pontos após pedrada de chimpanzé no Zoológico de BH
Uma menina de um ano e nove meses ficou ferida na cabeça após levar uma pedrada de um chimpanzé no Jardim Zoológico de Belo Horizonte, na Pampulha, no domingo (20).
A criança brincava com irmão de oito ano no gramado em frente ao recinto dos chimpanzés, quando a pedra arremessada por Lunga (um animal de 12 anos) acertou-lhe a testa, causando-lhe corte e uma trinca na primeira calota do crânio, o que resultou na necessidade de quatro pontos.
“Foi um susto danado porque sai muito sangue dos machucados na cabeça. Ela [a menina], coitada, ficou apavorada e chorava muito. Tivemos de correr para um pronto atendimento porque no zoológico não tivemos nenhum apoio. Lá não tem nenhum tipo de ambulatório ou atendimento de emergência. Fiquei indignada”, afirmou a secretária Lilian Cristina Alves Ferreira, 34, mãe da criança.
Algo entre 10 mil e 12 mil pessoas visitam o zoológico aos domingos. Nesta terça-feira (22), o presidente da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte, responsável pelo local, determinou a criação de um grupo de trabalho, composto por técnicos da fundação, para apresentar propostas para melhoria da estrutura num prazo de dez dias.
“Inclusive, o grupo vai verificar a necessidade de instalar um posto de primeiros socorros no Zoo”, afirmou Espichit.
Ainda de acordo com a fundação, o chimpanzé Lunga é considerado dócil e nunca teve esse comportamento. A direção do zoológico realizou uma vistoria e não soube informar se a pedra atirada contra a criança é um fragmento do abrigo dos animais ou se foi jogada por algum visitante.
Família passa por 4 hospitais
Lilian e o marido, o engenheiro civil Luis Carlos Torres Ferreira, 40, acudiram a criança e, após verificarem que ela não teria os primeiros socorros no local, se dirigiram até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Terezinha, na Pampulha, próxima ao zoológico.
“Lá na UPA me informaram que o atendimento demoraria cerca de uma hora. Não esperei e fomos para o atendimento do Hospital Municipal Odilon Bering [zona central de Belo Horizonte]”, conta a mãe.
“No Odilon Bering foi a mesma coisa. O atendimento demoraria mais de uma hora. Passamos por um hospital particular e lá não tinha atendimento de urgência. Só consegui ser atendida no pronto atendimento do Hospital da Unimed, no bairro Santa Efigênia. Moramos há pouco tempo em Belo Horizonte. Não sabíamos o que fazer. Foi um susto muito grande”, disse a mãe da criança. O hospital onde a criança foi atendida fica 16 km distante do zoológico.
A direção do Hospital Municipal Odilon Bering informou que “existe o atendimento prioritário na unidade de saúde, por meio da classificação de atendimentos emergenciais e de urgência”.
De acordo com a direção do hospital, a criança atingida pela pedra não consta dos registros já que não chegou a dar entrada para ser atendida.
De acordo com nota da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, "a criança deu entrada na UPA [Santa Terezinha] às 9h56. Às 9h57, a paciente foi classificada como verde [caso menos urgente], e apresentava um corte na região frontal e relato de dor leve. Às 10h17, o cirurgião chamou a ficha da criança. No entanto, seu pai já tinha ido embora com ela, sem aguardar atendimento”.
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