Termina greve de ônibus na capital, mas Grande SP ainda enfrenta problemas
Terminou por volta das 11h desta quinta-feira (22) a paralisação de ônibus organizada por motoristas e cobradores insatisfeitos com o reajuste salarial obtido pelo sindicato da categoria. A última viação que ainda estava parada pela manhã, a Santa Brígida, liberou seus coletivos para deixarem as garagens. A SPTrans afirma que a situação nos terminais é normal, inclusive no Lapa, um dos mais afetados pela falta de veículos da companhia.
“Estamos com a operação Paese [Plano de Apoio entre Empresas de transporte em Situação de Emergência] em andamento, o que garante que os usuários não tenham que esperar nem um minuto a mais para pegar o ônibus”, afirmou a assessoria do órgão.
Ainda de acordo com a SPTrans, pode levar algum tempo até que a situação da frota da Santa Brígida seja normalizada, mas, enquanto isso, o sistema de emergência supre “totalmente” a demanda dos usuários. A reportagem não conseguiu contato com a empresa para saber quando a operação será normalizada.
Às 14h, teve início uma reunião entre representantes dos grevistas, do sindicato da categoria e do Tribunal Regional do Trabalho para discutir as razões da paralisação e as demandas dos trabalhadores.
Mais cedo, os primeiros ônibus da empresa que tentaram deixar a garagem foram depredados pelos grevistas, e a polícia precisou intervir para garantir a circulação dos veículos.
Na Grande São Paulo, a paralisação de três empresas de ônibus - Miracatiba, Viação Osasco e Viação MobiBrasil - atingiu 12 municípios e ainda afeta os usuários. Os trabalhadores reivindicam reajustes salariais. Os ônibus da Miracatiba começaram a sair para as ruas por volta das 13h30.
Diversos coletivos que atendem as cidades de Osasco, Barueri, Carapicuíba, Jandira, Itapevi, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar, Embu-Guaçu, Taboão da Serra, Cotia e Vargem Grande não estão circulando normalmente.
Protesto
Um protesto marcado para as 17h de hoje irá reunir grupos de sem-teto, estudantes, manifestantes contrários à Copa do Mundo e movimentos sociais no largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
Os organizadores da manifestação esperam entre 10 mil e 15 mil pessoas no local. O ato tem como objetivo "chamar a atenção para todos os problemas do país", segundo informaram coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto à "Folha de S.Paulo".
Recorde de trânsito
A manhã de hoje foi de trânsito carregado: às 8h30 a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou 143 km de congestionamento, recorde do ano para o período da manhã.
Na quarta-feira (21), sete terminais foram alvo de manifestações, ao longo do dia, de motoristas e cobradores em greve e acabaram encerrando as atividades mais cedo. Foi o segundo dia de caos no trânsito após uma greve pegou a população de surpresa, apesar de o sindicato ter aceitado o acordo de reajuste com a prefeitura.
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