Com presença de PMs que admitiram tiros, polícia reconstitui morte de DG
Os seis policiais militares que trocaram tiros com supostos criminosos na noite da morte do dançarino Douglas Rafael Pereira da Silva, o "DG", no dia 22 de abril, chegaram ao local da reconstituição do crime por volta das 16h40 desta segunda-feira (26), na favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por agentes da Polícia Civil que participam da reprodução simulada, mas as identidades não foram divulgadas.
Escoltados por policiais da DH (Divisão de Homicídios), os três PMs foram levados a uma casa situada na quadra do Pavão-Pavãozinho, onde ocorreu o confronto. Na residência, há uma laje da qual a vítima teria pulado, segundo uma das linhas de investigação trabalhadas pela delegacia responsável pelo caso, a de Ipanema (13ª DP). O corpo da vítima foi encontrado em uma creche próxima ao local.
Além dos seis que participaram do confronto, outros três PMs que encontraram o corpo de DG também estão no local. De acordo com policiais civis, a reconstituição deve durar até o fim da noite desta segunda.
A diligência --que começou por volta das 15h-- conta com o apoio do titular da Divisão de Homicídios, delegado Rivaldo Barbosa, e consiste na reprodução de dois momentos: a hora em que o corpo da vítima foi encontrado (na tarde do dia 22) e o momento da troca de tiros que supostamente vitimou DG (na madrugada do dia 22).
Moradores
Os moradores da favela acusam PMs da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), instalada no local desde dezembro de 2009, de terem assassinado DG. Após o enterro do jovem, centenas de amigos e parentes dele fizeram uma passeata pelas ruas de Botafogo e Copacabana, que acabou em confronto entre os manifestantes e policiais militares que acompanharam o ato.
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