Metroviários de São Paulo decidem hoje se entrarão em greve
Funcionários do Metrô de São Paulo decidirão nesta terça-feira (27), em assembleia da categoria, se entrarão em greve para reivindicar melhores salários. A assembleia será realizada às 18h30, na sede do Sindicato dos Metroviários, no Tatuapé, zona leste da capital.
Desde a semana passada, os metroviários estão em estado de greve. Caso o Metrô não melhore as propostas, a categoria pretende iniciar uma paralisação no dia 3 de junho.
Os trabalhadores pedem um reajuste salarial de 35,47% --mesmo percentual que uma comissão do Senado aprovou para os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) na semana passada. O Metrô, no entanto, oferece 5,2% de reajuste, percentual equivalente ao da inflação do último ano.
Em audiência de conciliação realizada nessa segunda-feira (26) no TRT (Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo), representantes do Metrô e diretores do Sindicato dos Metroviários de São Paulo não chegaram a um acordo.
Na reunião de ontem, o TRT sugeriu reajuste de 9,5% para todos os trabalhadores. Segundo a assessoria de comunicação do TRT, o Metrô se comprometeu a avaliar a sugestão do Tribunal até amanhã à tarde, antes da assembleia da categoria.
Os metroviários pedem ainda aumento no valor do vale-refeição e vale-alimentação, além de melhorias no plano de carreira e plano de saúde para aposentados, entre outros benefícios. Na manhã de quarta-feira haverá outra rodada de negociação no TRT.
Em uma página do Facebook relacionada à campanha salarial de 2014, o sindicato afirmou que, na audiência, não houve avanços com relação ao plano de carreira e aos trabalhadores demitidos, entre outros itens. "Podemos conseguir mais, se permanecermos mobilizados. Rumo à greve", diz o texto publicado na rede social.
Uma paralisação nas linhas de metrô de São Paulo afetaria cerca de 4,5 milhões de pessoas que usam este meio de transporte todos os dias. O sindicato avalia outras formas de manifestação, como a liberação de catracas aos usuários.
Greve "abusiva"
Ontem (26), o pleno do TRT-SP considerou abusiva e ilegal a greve dos motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista realizada na terça e quarta-feira da semana passada.
Por cinco votos a dois, a Corte decidiu aplicar uma multa de R$ 200 mil ao Sindmotoristas, que representa os trabalhadores, e o SP Urbanuss, representante das empresas de ônibus. O dinheiro será repassado à Santa Casa de Misericórdia.
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