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No terceiro dia de greve, metrô de SP tem 28 estações abertas

Do UOL, em São Paulo

07/06/2014 09h54Atualizada em 07/06/2014 15h03

Com o prosseguimento da greve dos metroviários de São Paulo, que já entra em seu terceiro dia, as linhas de metrô da cidade operam parcialmente neste sábado (7), com 28 das 65 estações do metrô em funcionamento. 

A linha 1-azul opera no trecho entre as estações Ana Rosa e Luz; já a linha 2-verde funciona entre as estações Ana Rosa e Clínicas e a linha 3-vermelha tem abertas as estações entre o trecho Bresser-Mooca e Marechal Deodoro, que foi aberta por volta de 11h30. Todas as linhas iniciaram as atividades neste sábado (7) às 6h25 e a previsão é que a circulação dos trens seja encerrada às 23h. 

A linha 5-lilás funciona normalmente, assim como a linha 4-amarela, que opera sob concessão. Nesta última, haverá mudança na operação de embarque e desembarque na estação Paulista a partir das 16h. Os passageiros deverão usar a mesma plataforma para embarque e desembarque tanto com destino ao Butantã como à Luz. Com a operação diferenciada, os trens circulam com intervalos maiores.

A alteração na operação é necessária para execução de obras na futura estação Fradique Coutinho, em Pinheiros. 

A estação Ana Rosa, que atende as linhas 1-azul e 2-verde do metrô, amanheceu fechada neste sábado (7) e só começou a funcionar por volta de 8h50. Segundo a "Folha de S.Paulo", cerca de 60 grevistas impediram a abertura da estação às 5h, e a PM teve que intermediar o diálogo entre grevistas e os supervisores do Metrô, que assumiram as operações do trem durante a greve. 

Ainda de acordo com a "Folha", grevistas tentaram impedir a saída de trens na estação Paraíso, segurando as portas dos vagões. Eles foram retirados do local pela Polícia Militar. 

CPTM

A CPTM (Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos) informou que irá aumentar o número de trens circulando em todas as linhas, como ocorreu nos últimos dois dias. Segundo a CPTM, os trens circularão com menor intervalo do que os dias normais.

A operação da linha 7-rubi (Luz-Francisco Morato) será estendida até a estação Brás. As integrações com o Metrô nas estações Palmeiras-Barra Funda, Brás, Tamanduateí, Santo Amaro, Tatuapé e Luz ficarão fechadas. Já a interligação com a linha 4-amarela, nas estações Pinheiros e Luz, funcionará normalmente.

Trânsito em SP

Às 11h20, havia 72 km de lentidão nas ruas da cidade, o que corresponde a 8,3% das vias monitoradas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). A média para o horário aos sábados costuma ser de 2,5% de vias com lentidão.

As regiões mais problemáticas são as zonas norte e oeste, ambas com 25 km de congestionamentos. A marginal Tietê apresenta 31 km de lentidão no sentido rodovia Ayrton Senna e 18 km no sentido rodovia Castello Branco. 

Reivindicações

Enquanto os metroviários exigem 12,2%, o Metrô oferece 8,7%. Os sindicalistas aceitaram reduzir o percentual de 12,2%, com a condição de que o Metrô mudasse a forma de pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A categoria quer que a companhia pague a mesma parcela anual a todos os trabalhadores. Atualmente, há uma diferenciação do pagamento de acordo com cada função. 

Os metroviários farão nova assembleia neste sábado 97), por volta de 17h. No domingo (8), o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) irá decidir se a greve é ilegal ou não. A corte também deverá definir o percentual de reajuste aos metroviários.

Em nota divulgada neste sábado (7), as centrais sindicais brasileiras declararam seu apoio à greve dos metroviários. "Registramos nossa solidariedade a luta dessa categoria e solicitamos que, partindo das reivindicações dos metroviários, o governador Geraldo Alckmin negocie imediatamente e assim seja possível transpor o referido impasse", declararam as centrais.