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Para evitar nova greve, Metrô e sindicato se reúnem no Ministério Público

Do UOL, em São Paulo

11/06/2014 11h44

Representantes do Metrô de São Paulo e do Sindicato dos Metroviários participam na tarde desta quarta-feira (11) de uma reunião de conciliação no Ministério Público do Trabalho. Segundo a advogada Eliana Ferreira, que defende o sindicato, o encontro foi agendado pela procuradora regional do Trabalho, Egle Rezek.

O sindicato tenta reverter as demissões de 42 metroviários durante a greve suspensa na última segunda (9). Os metroviários fizeram uma paralisação de cinco dias por melhores salários e hoje, às 18h30, realizarão uma nova assembleia na sede do sindicato para decidir se voltam a cruzar os braços nesta quinta (12), dia da abertura da Copa do Mundo, com o jogo entre Brasil e Croácia, em São Paulo.

A readmissão dos afastados passou a ser a única reivindicação dos metroviários. A categoria pedia um reajuste salarial de 12,2%, mas deve aceitar a proposta de 8,7% feita pela empresa.

Representantes do Metrô e do sindicato participaram de ao menos cinco reuniões de conciliação antes e ao longo da greve, mas não chegaram a um acordo. Logo após o anúncio das demissões, também houve um encontro sem êxito na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na segunda-feira.

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O Sindicado dos Metroviários será representado na reunião de hoje pela advogada Eliana Ferreira e pelo presidente Altino Prazeres. A organização também entrega à empresa nesta quarta-feira os recursos administrativos contra as 42 demissões.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta terça (10) que as demissões não serão revistas e que elas não estão relacionadas à greve em si, mas ao que o governador chamou de "fatos graves", como "invasão de estação, depredação e vandalismo".

Para o sindicalista Altino Prazeres, as demissões são uma perseguição política. Entre os afastados, há 11 dirigentes sindicais. "A greve está marcada e existe disposição da categoria. Não queremos esse enfrentamento, mas estamos sendo empurrados para ele", afirmou ontem o presidente do sindicato.

O governo estadual teria uma nova lista de funcionários a serem demitidos, com 300 nomes, caso os metroviários decidam por mais uma greve.

Plano de contingência

Nos cinco dias de greve, a Companhia do Metrô colocou em prática um plano de contingência para que a rede operasse parcialmente, mas não conseguiu abrir as estações do extremo leste de São Paulo, onde fica Itaquera.

Amanhã, no entanto, o trecho leste da linha 3-vermelha deverá receber tratamento prioritário mesmo em caso de greve. O estádio do Corinthians, palco da abertura do Mundial, fica próximo a duas estações de metrô – Artur Alvim e Corinthians-Itaquera. Nesta última, também há uma parada da linha 11-Coral da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).