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Polícia pede prisão preventiva de suspeitos de virar carro da polícia em BH

Carro que foi atacado por manifestantes durante protesto em Belo Horizonte - Martin Meissner/AP
Carro que foi atacado por manifestantes durante protesto em Belo Horizonte Imagem: Martin Meissner/AP

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

13/06/2014 19h21

A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta sexta-feira (13) que irá pedir à Justiça a prisão preventiva de seis pessoas suspeitas de terem participado em atos de vandalismo na sede do Detran-MG (Departamento Estadual de Trânsito) e em outros locais ocorridos nesta quinta-feira (12).

Em nota, a assessoria do órgão, a identificação dos suspeitos se deu por meio de imagens e depoimentos de testemunhas.

Uma manifestação que começou de maneira pacífica, na praça Sete de Setembro, no centro da capital mineira, resultou em confronto entre manifestantes e a polícia quando o grupo se encontrava na Praça da Liberdade, região próxima do prédio do Detran. Os manifestantes depredaram fachadas de lojas e agências bancárias na região.

Na ação na sede do departamento de trânsito, um grupo de manifestantes depredou instalações do imóvel ainda e virou um carro da Polícia Civil.

Conforme a assessoria, a delegada Gislaine de Oliveira Rios disse que os manifestantes estavam sendo monitorados desde o início da manhã de ontem, o que permitiu aos investigadores “acompanhar cada passo dos envolvidos durante a passeata, o que facilitou o registro de elementos capazes de sustentar juridicamente os pedidos de mandados de prisão”.

“Isso não quer dizer que são apenas esses seis os envolvidos naquele caso. Temos vários outros suspeitos de envolvimento no ato contra o Detran-MG e nas várias depredações que ocorreram na cidade. O desenrolar das investigações pode trazer novidades”, afirmou por meio da assessoria.

Ainda conforme a polícia, balanço atualizado pela corporação aponta que 16 pessoas detidas e dois adolescentes apreendidos durante o confronto de ontem, mas apenas a identidade de um médico, um engenheiro e uma enfermeira foram divulgadas.

Os demais nomes não serão divulgados para, segundo a polícia, não atrapalhar as investigações.

Os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia Regional Noroeste, onde foi montado esquema especial para atendimento de ocorrências relacionadas a atos de vandalismo praticados durante manifestações. Posteriormente, os menores foram conduzidos para o Juizado da Infância e Juventude.

Entre os detidos, três permanecem presos em centros de remanejamento do sistema prisional (Ceresps) de Belo Horizonte.