Polícia investiga suposto pacto de morte entre jovens na serra gaúcha
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga a motivação para os suicídios de duas adolescentes e ferimentos em outras três, nas cidades turísticas de Gramado e Canela, na serra. As jovens de 18 e 14 anos foram encontradas mortas nos dias 23 e 26 de setembro.
Segundo a polícia, a mais nova foi encontrada enforcada dentro do roupeiro, em casa. Outras três meninas foram internadas com ferimentos nos pulsos e pescoços. Todas as cinco eram amigas. Para os policiais, as jovens firmaram uma espécie de pacto de morte.
Os investigadores agem agora para tentar evitar mais mortes. Depoimentos de amigos, colegas e familiares estão sendo colhidos, e as trocas de mensagens pelo aplicativo WhatsApp sendo avaliadas.
"Temos relatos de situações semelhantes em outros lugares da América Latina, mas é um caso raro para a nossa realidade. Queremos identificar a rede de envolvidos no pacto e preservar a vida dessas meninas", destacou a delegada Elisângela Melo Reghelin.
O primeiro suicídio foi registrado em Canela, e o segundo, em Gramado. Conforme a delegada, além de amigas, as meninas eram religiosas. A de 14 anos,um dia antes de se enforcar, teria ingerido medicamentos de uso controlado com um grupo de colegas.
Apesar de os pais negarem que as filhas sofriam de depressão, há indícios de que elas tinham baixa autoestima.
"Elas possuem um grande vazio existencial que vem a ser suprido por outros aspectos, como o religioso. Estamos investigando o que há por trás das mortes. Nossa prioridade é evitar que novos casos ocorram", explica Elisângela.
A atenção está voltada para as jovens feridas, que foram internadas em dois hospitais da região e passam por acompanhamento psicológico. Conforme os policiais, seus ferimentos são fruto de automutilação.
O criador do grupo no WhatsApp em que as vítimas trocaram mensagens já foi identificado, mas a polícia não deu mais detalhes sobre o conteúdo de seu depoimento.
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