Uso da segunda cota do volume morto é "pré-tragédia", diz presidente da ANA
O presidente da ANA (Agência Nacional de Águas), Vicente Andreu Guillo, se referiu ao uso da segunda cota do volume morto (água que fica no fundo das represas) do sistema Cantareira como a "pré-tragédia". Ele participou na manhã desta terça-feira (21) de um debate na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) sobre a crise da falta de água no Estado.
Reportagem publicada nesta terça-feira em "O Estado de São Paulo" mostra que a Sabesp já retirou 3,2 bilhões de litros da segunda cota do volume morto na Represa Atibainha, em Nazaré Paulista, um dos reservatórios do sistema. O uso dessa segunda reserva profunda de água, que fica abaixo do nível das comportas, ainda não foi formalmente autorizado. A Sabesp nega descumprir a regra.
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- http://noticias.uol.com.br/enquetes/2014/08/07/diante-da-crise-hidrica-voce-acha-que-deve-haver-racionamento-de-agua-em-sao-paulo.js
"[A Sabesp] quer retirar o segundo volume morto, que é a pré-tragédia. Mas não há alternativa para São Paulo que não seja chover ou tirar água do volume morto do Cantareira", afirmou.
"É lamentável que o presidente de um órgão federal, financiado com o dinheiro do contribuinte, venha disseminar pânico em São Paulo. E pior: em horário de trabalho, participando de um evento patrocinado por um partido em plena campanha eleitoral. Em vez de solidarizar-se com o esforço do povo de São Paulo, o dirigente da agência tenta tirar proveito político de uma crise que se enfrenta com critérios técnicos e a união de todos. São Paulo enfrenta com união, planejamento e obras a maior seca já registrada na região Sudeste do país."
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Terceiro volume morto
Assim como Alckmin, Andreu Guillo citou que o Cantareira tem uma terceira cota do volume morto, que pode ser captada. Mas, segundo ele, isso seria "tecnicamente complicado".
O presidente da ANA explicou que, em números redondos, o Cantareira tem capacidade de armazenar um trilhão de litros de água. Abaixo do nível de captação, havia cerca de 500 bilhões de litros. "Uma parte já foi tirada, de 182 bilhões, e agora o governo deseja tirar mais 106 bilhões de água. Em tese, vão sobrar 200 bilhões, uma terceira parte do volume morto", detalhou.
"Esse volume três pode ser tirado, mas é o ralo do reservatório, o lodo. Se a crise se acentuar, não haveria alternativa do que usar o lodo e aí sim haveria problema", disse.
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