Topo

Desaparecidos estão na área mais afetada por explosão, diz empresa

Equipes de resgate organizam o transporte de feridos da explosão do navio-plataforma  - Bruno Herculano/Futura Press/Estadão Conteúdo
Equipes de resgate organizam o transporte de feridos da explosão do navio-plataforma Imagem: Bruno Herculano/Futura Press/Estadão Conteúdo

Cristina Santos

Do UOL, em Serra (ES)

12/02/2015 13h27

As quatro pessoas que ainda estão desaparecidas após a explosão que aconteceu no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, no Espírito Santo, que presta serviço para a Petrobras, estão na área mais afetada pela explosão. As informações foram passadas por Benito Ciriza, vice-presidente de projetos de modificação da BW Offshore, empresa a norueguesa proprietária da embarcação.

"Três desaparecidos estavam na casa de bombas e outro na praça de máquinas, que foram as áreas mais atingidas pelas explosões. Ainda não podemos confirmar a origem deles, mas sabemos que há brasileiros", disse Ciriza na manhã desta quinta-feira (12).

O número de mortos subiu para cinco pessoas. Entre elas está um estrangeiro de nacionalidade não divulgada. “Os nomes, tanto dos sobreviventes quanto dos mortos, não serão divulgados por hora por respeito às vítimas e às famílias”, afirmou Ciriza.

Segundo o executivo, a investigação para esclarecer as causas do acidente ainda não começou. "Nosso foco agora é dar assistência às famílias, às vítimas e encontrar os desaparecidos. Estamos muito tristes com o que aconteceu."

Das 12 pessoas que derem entrada no Vitória Apart Hospital, três já receberam alta, três estão fora de perigo e seis estão em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Dentre esses últimos, há um de origem filipina que está em estado mais crítico, com queimaduras nas vias aéreas e pelo corpo, além de fratura no fêmur. Outro paciente teve 43% do corpo queimado. Dois feridos seguem internados no Hospital Metropolitano.

Segundo Alexandre Tavares Paz, amigo de uma das vítimas, aconteceram duas explosões no navio.  “O Diego [Chaves Leite] contou que uma explosão aconteceu uma hora e meia antes. Estava tudo bem e o trabalho tinha sido liberado, quando aconteceu outra. Ele está internado porque ficou preso no elevador e inalou fumaça”, contou.

O cirurgião geral Claudio Pinheiros, diretor clínico do Vitória Apart Hospital, disse que, por eles terem recebido atendimento rápido, as chances deles se recuperarem aumenta em um terço, mas ainda não é possível falar sobre alta dos feridos que estão na UTI.