Construtoras começam a cercar parque Augusta, em SP, com tapume
Um dia depois da reintegração de posse do parque Augusta, na região central de São Paulo, as construtoras Cyrela e Setin começaram nesta quinta-feira (5) a cercar o terreno com um tapume para impedir que ele volte a ser ocupado. O tapume terá três metros de altura.
“Ontem mesmo nós retiramos cinco caminhões de lixo para deixar o terreno em condições mais razoáveis. E iniciamos hoje um tapume de maneira que seja mais seguro e evite esses dissabores e essas invasões, como vimos recentemente”, afirmou o presidente da Setin, Antonio Setin.
“O terreno se encontra hoje com uma empresa de segurança privada. Não tínhamos alternativa, precisávamos fazer a guarda do terreno”, acrescentou o empresário.
O terreno foi aberto e ocupado por ativistas em 17 de janeiro e assim ficou até o cumprimento da reintegração de posse na manhã de quarta-feira (4).
O parque foi criado por um decreto da prefeitura em dezembro de 2013. Logo depois, o terreno foi fechado ao público pelas construtoras, donas do imóvel.
No local, as empresas pretendem construir quatro prédios. As torres ocupariam cerca de um terço do terreno. O parque ocuparia o restante.
O Organismo Parque Augusta, que defende a abertura do parque e se opõe à construção dos prédios, usou sua página no Facebook para postar fotos da instalação do tapume e criticar a iniciativa das construtoras.
O terreno possui 25 mil metros quadrados e contém árvores e edificações remanescentes do antigo colégio Des Oiseaux tombadas desde 2004 pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo). O bosque do parque Augusta é considerado um oásis de mata atlântica no centro da capital paulista.
O mesmo Conpresp aprovou no fim de janeiro o projeto das construtoras de erguer prédios de uso misto em parte do terreno.
A construção dos prédios ainda depende do aval de órgãos da prefeitura. No dia 13 de fevereiro, o Ministério Público Estadual e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciaram que o dinheiro repatriado de bancos estrangeiros que movimentaram recursos do ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf (PP) poderá ser usado na desapropriação do terreno a fim de implantar o parque, com administração pública e sem a construção de torres.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.