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Após agressão a juíza, PMs serão transferidos para presídio em Niterói

Do UOL, no Rio

02/10/2015 13h37

Os policiais militares que estão presos no BEP (Batalhão Especial Prisional) da Polícia Militar, onde ficam detidos PMs que aguardam decisão da justiça em processos criminais, serão transferidos a partir desta sexta-feira (2) para a Penitenciária Vieira Ferreira Neto em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, segundo o presidente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho. A decisão foi tomada depois que a juíza Daniela Assumpção, da Vara de Execuções penais, foi agredida por detentos durante uma inspeção.

De acordo com o desembargador, 30 presos serão transferidos por dia para o presídio, que que será interditado por tempo indeterminado. Carvalho destacou que os PMs não ficarão com outros presos na penitenciária de Niterói. O local será destinado apenas à detenção dos militares. Os quatro presos identificados como os agressores da magistrada serão transferidos para a Penitenciária Laercio da Costa Pellegrino, o Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó.

Segundo a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), a gestão da unidade prisional ficará a cargo da secretaria e a unidade será administrada por um oficial militar. 

A juíza fazia uma inspeção das condições do BEP quando, segundo o TJ-RJ, detentos impediram que ela fizesse a revista em uma das galerias e chegaram a atacá-la. A magistrada teve a blusa rasgada e foi obrigada a deixar o local, retornando posteriormente com a segurança do tribunal e policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais), da Polícia Militar. 

Em agosto, a juíza Daniela Barbosa determinou uma fiscalização no Batalhão Especial Prisional que resultou na retirada de camas de casal, geladeiras, entre outros itens encontrados nas celas.

Em nota, a PM informou que o comando da corporação está "há seis meses tratando com a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) da transferência dos presos da unidade prisional", para garantir melhores condições de trabalho para a administração e para o judiciário.

Segundo a Polícia Militar, a medida vai garantir ainda que os policiais que trabalhavam na unidade sejam empregados na atividade fim, policiamento. (Com Agência Brasil)