Após agressão a juíza, PMs serão transferidos para presídio em Niterói
Os policiais militares que estão presos no BEP (Batalhão Especial Prisional) da Polícia Militar, onde ficam detidos PMs que aguardam decisão da justiça em processos criminais, serão transferidos a partir desta sexta-feira (2) para a Penitenciária Vieira Ferreira Neto em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, segundo o presidente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho. A decisão foi tomada depois que a juíza Daniela Assumpção, da Vara de Execuções penais, foi agredida por detentos durante uma inspeção.
De acordo com o desembargador, 30 presos serão transferidos por dia para o presídio, que que será interditado por tempo indeterminado. Carvalho destacou que os PMs não ficarão com outros presos na penitenciária de Niterói. O local será destinado apenas à detenção dos militares. Os quatro presos identificados como os agressores da magistrada serão transferidos para a Penitenciária Laercio da Costa Pellegrino, o Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó.
Segundo a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), a gestão da unidade prisional ficará a cargo da secretaria e a unidade será administrada por um oficial militar.
A juíza fazia uma inspeção das condições do BEP quando, segundo o TJ-RJ, detentos impediram que ela fizesse a revista em uma das galerias e chegaram a atacá-la. A magistrada teve a blusa rasgada e foi obrigada a deixar o local, retornando posteriormente com a segurança do tribunal e policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais), da Polícia Militar.
Em agosto, a juíza Daniela Barbosa determinou uma fiscalização no Batalhão Especial Prisional que resultou na retirada de camas de casal, geladeiras, entre outros itens encontrados nas celas.
Em nota, a PM informou que o comando da corporação está "há seis meses tratando com a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) da transferência dos presos da unidade prisional", para garantir melhores condições de trabalho para a administração e para o judiciário.
Segundo a Polícia Militar, a medida vai garantir ainda que os policiais que trabalhavam na unidade sejam empregados na atividade fim, policiamento. (Com Agência Brasil)
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