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Apostadores do DF tentam "pegar" sorte em lotérica onde saiu prêmio recorde

Alessandra Modzeleski

Colaboração para o UOL, em Brasília

26/11/2015 17h39

O maior prêmio da Mega-Sena na história dos concursos regulares saiu para um apostador do Distrito Federal na noite desta quarta-feira (25). O prêmio de R$ 205 milhões foi para única aposta de R$ 3,50 e foi resgatado nesta quinta-feira (26), segundo informações da Caixa Econômica Federal. Por motivos de segurança, a empresa não revelou o horário e local que o apostador retirou o prêmio. O sortudo fez o jogo em loteria localizada no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, e muitos moradores e trabalhadores da região esperam conquistar a mesma sorte daqui para frente.

A gerente da lotérica, Márcia Ximenes, diz estar “anestesiada”. “De manhã meu telefone não parou de tocar. Eu cheguei para abrir a porta e estava lotado aqui na frente. Estamos sem acreditar”, contou.

Na frente da lotérica, os funcionários estenderam faixa anunciando que o maior prêmio da história saiu ali e esperam que isso aumente as vendas. "Só hoje, as vendas cresceram 50%. Posso te garantir. Todos querendo apostar no caixa 2, que vendeu o bilhete". A gerente não sabe dizer com certeza quem atendeu o novo milionário, mas estão torcendo para que o espaço continue trazendo sorte. "Tomara que saia aqui também o ganhador de R$ 100 milhões no sábado", torceu.

Quem passou próximo da sorte foi a servidora pública Daniela Saes, que, faltando alguns minutos para fechar a lotérica, conseguiu entrar e apostar no prêmio na tarde de quarta-feira. "Hoje de manhã eu vi a foto da lotérica na internet e pensei que poderia ter sido eu. Agora vim aqui para tocar no caixa, pegar um pouco de sorte, afinal, de tantas lotéricas no Brasil, eu cheguei perto, apostei no caixa do vencedor", comemorou.

Balconista da padaria ao lado da lotérica, Samara Batista também teve um dia agitado. "Eu acordei com mensagens das colegas de trabalho perguntando por mim. Acharam que eu era a nova milionária", brinca. Samara trocou de turno no trabalho e não avisou o gerente da manhã. "Eu cheguei e os chefes logo me chamaram. Eu desmenti o boato e falei: 'eu vou correr e bater o ponto, senão eu fico mais pobre ainda'", lembra. Trabalhando todos os dias ao lado do local, ela diz que continuará tentando a sorte. "Na nossa cabeça agora esse lugar dá sim sorte", garantiu.

Os taxistas do ponto em frente à lotérica fizeram um bolão, mas não conseguiram o grande prêmio. Ailton Madeiros fez um jogo sozinho e conta que acertou três números. "Cheguei bem próximo, foi na trave. Mas no sábado faremos de novo o bolão e iremos ganhar", disse, mostrando as inúmeras cartelas na mão.

Enquanto alguns acreditam que o local agora será sinônimo de sorte, a comerciante Lilian Costa se diverte com a situação. "Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. É difícil", garante. A mulher foi ao local para tirar foto embaixo da faixa. "Vou mandar para os meus parentes nos grupos da família e dizer que ganhei", brinca.

A lotérica fica no Lago Sul, bairro nobre da capital, que abriga inúmeros funcionários públicos e parlamentares -- as residências oficiais dos presidentes da Câmara e do Senado ficam ali. Segundo levantamento da Pdad (Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio) e da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), cada morador recebe, em média, R$ 9,5 mil por mês. A renda média, por domicílio, chega a R$ 21,8 mil.