"Não era maravilhoso, mas está insustentável", diz funcionário de hospital'
"Chegamos ao fundo do poço. Eu fico envergonhado de não poder prestar um atendimento decente, mas não temos o que fazer. Estamos de mãos atadas".
Este é o desabafo de um funcionário do hospital Getúlio Vargas, na zona norte do Rio e um dos mais atingidos pela crise na saúde pública no Estado, que pediu para não ser identificado por temor de represálias.
"Não que antes o atendimento fosse maravilhoso. Mas agora isso aqui está praticamente insustentável", afirmou outro funcionário que também pediu anonimato.
A situação do Getúlio Vargas e de outros hospitais da rede estadual é o ápice de uma crise financeira que vem afetando a saúde pública no Rio há pelo menos dois meses.
Servidores estão com salários atrasados, há falta de insumos e relatos de redução de leitos, fechamento de emergências e cancelamento de cirurgias e consultas.
Nesta quarta-feira (23), a Justiça expediu uma decisão liminar (provisória) que obriga o Estado a depositar em 24 horas os recursos obrigatórios destinados à saúde.
Na decisão, a juíza de plantão Angélica dos Santos Costa determina que o Estado deposite no Fundo Estadual de Saúde do Rio os valores correspondentes a 12% de sua receita no ano, como diz a Constituição.
Mais tarde, o Ministério da Saúde anunciou a criação de um gabinete de crise com a participação da rede hospitalar federal, estadual e municipal para conter doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti no Estado.
Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Castro, o objetivo é encontrar uma solução para "o grave problema da saúde no Rio de Janeiro". O gabinete terá coordenação federal e colocará à disposição o aparato também das redes estadual e municipal.
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