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Cúmplice do goleiro Bruno, Macarrão vai para regime semiaberto de prisão

Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex-braço direito do ex-goleiro Bruno, se prepara para depoimento em novembro de 2012 - Washington Alves/UOL
Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex-braço direito do ex-goleiro Bruno, se prepara para depoimento em novembro de 2012 Imagem: Washington Alves/UOL

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

31/05/2016 17h06

Condenado a 15 anos de prisão em 2012 como cúmplice do ex-goleiro Bruno Fernandes na morte da ex-modelo Eliza Samudio, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, vai passar para o regime semiaberto de prisão, além de ter também os benefícios de saída temporária e trabalho externo. Macarrão teve 425 dias da pena perdoados após trabalhar 1.134 dias e concluir 570 horas de estudo entre outubro de 2011 e setembro de 2015, de acordo com o TJ-MG.

A decisão do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), anunciada nesta terça-feira (30), passa a valer a partir desta quarta-feira (1º), quando Macarrão poderá deixar a  prisão durante o dia e retornar à noite. De acordo com a corte, ele, porém, precisa ser transferido de unidade prisional e comprovar que conseguiu um emprego externo para obtenção do benefício.

Macarrão está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. O complexo de segurança máxima não tem presos no regime semiaberto.

Motivo torpe

Ex-goleiro Bruno dá entrevista a Gugu Liberato - Reprodução/TV Record - Reprodução/TV Record
Ex-goleiro Bruno
Imagem: Reprodução/TV Record
Eliza Samudio desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era goleiro titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.

Macarrão foi condenado em novembro de 2012 a 12 anos em regime fechado por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, e mais três anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado.

Bruno foi considerado também culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem, em 2013, e foi sentenciado a 22 anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver de Eliza, além do sequestro do filho da jovem.