Barcas e trens do RJ terão aumento na tarifa em 2017
As tarifas dos trens e barcas do Rio de Janeiro sofrerão reajuste em 2017. Nos trens, a passagem vai de R$ 3,70 para R$ 4,20; já nas barcas, o valor passará de R$ 5,60 para R$ 5,90.
Segundo a Agetransp (Agência Reguladora das Concessões de Transportes Públicos no Estado do Rio), o novo valor do bilhete de embarque para trens entrará em vigor no dia 2 de fevereiro. Para as barcas, a nova tarifa será cobrada a partir do dia 12 do mesmo mês.
Para o reajuste da tarifa aquaviária, a Agetransp diz ter aplicado um índice de 4,39%, referente à variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) entre fevereiro de 2016 e fevereiro de 2017.
Em relação ao reajuste da tarifa ferroviária, a agência afirma ter considerado o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão e a variação do índice de inflação IGP-M. Com isso, o reajuste é de 13,51%.
Aumento maior?
Em nota, a SuperVia afirmou que vai recorrer contra a deliberação da Agetransp.
Segundo a concessionária, a agência atende de forma parcial o pedido de R$ 1.5 bilhão feito pela SuperVia. A concessionária alega a necessidade desse valor para o reestabelecimento do equilíbrio no contrato --o que pode ser feito por meio de um maior percentual de aumento da tarifa ou por meio de outras formas de investimento. Segundo a Agestransp, houve reconhecimento de 14% da demanda da SuperVia, equivalente a R$ 226.4 milhões.
Procurada pelo UOL, a MetrôRio informou que ainda não há previsão de aumento para a tarifa do metrô.
Crise no Rio
O aumento do valor da passagem de barcas e trens no Rio de Janeiro acontece em meio a uma crise do governo do Estado. No início de dezembro, empresas de ônibus e do metrô suspenderam o desconto do Bilhete Único Intermunicipal devido a atrases nos repasses do governo estadual.
Poucos dias depois, a Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) aprovou o aumento do valor do bilhete de R$ 6,50 para R$ 8. A decisão foi motivo de protestos de servidores públicos.
Os parlamentares também aprovaram a instituição de um limite de renda para a concessão do benefício, de R$ 3 mil mensais. As medidas fazem parte de um pacote de medidas de austeridade para equilibrar as contas públicas do Estado.
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