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MPF abre inquérito para apurar situação de presos em presídio de Manaus

Governo do AM reativou cadeia pública no centro de Manaus para onde estão sendo transferidos membros do PCC apos rebelião no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) - Ione Moreno/Em Tempo/AM - 2.jan.2017
Governo do AM reativou cadeia pública no centro de Manaus para onde estão sendo transferidos membros do PCC apos rebelião no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) Imagem: Ione Moreno/Em Tempo/AM - 2.jan.2017

Do UOL, em São Paulo

03/01/2017 19h50Atualizada em 03/01/2017 19h50

O MPF-AM (Ministério Público Federal no Amazonas) instaurou um inquérito para investigar a situação dos presos federais e indígenas custodiados no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, onde uma rebelião terminou com 56 presos mortos entre domingo (1º) e segunda-feira.

O órgão solicitou informações sobre esses presos à Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) e à SSP (Secretaria de Segurança Pública).

O MPF pediu também, aos titulares da Seap e da SSP, que informem sobre as providências que serão tomadas para a garantia da integridade física e moral dos presos custodiados no Compaj.

Massacre

Ao menos 56 detentos morreram durante uma rebelião no complexo prisional, a maior matança registrada em presídios desde o massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, em São Paulo. 

A rebelião em Manaus durou cerca de 17 horas e começou na tarde de domingo. A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas atribuiu o que aconteceu a uma disputa entre as facções rivais FDN (Família do Norte) e PCC (Primeiro Comando da Capital), pelo controle do tráfico de drogas em Manaus.

Operação La Muralla

Em fevereiro de 2016, o MPF denunciou à Justiça cerca de cem pessoas ligadas à FDN por crimes como tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Entre os réus, estão chefes e 'xerifes' da organização criminosa, além de 'laranjas' --traficantes estrangeiros que atuam na tríplice fronteira Brasil-Colômbia-Peru e forneciam drogas e armas à FDN--, seis advogados ligados ao grupo e um vereador.

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