Topo

Dois presos são encontrados mortos em presídio de Maceió

Um dos corpos encontrados em presídio de Maceió estava amarrado com lençóis - Sindicato dos Agentes Penitenciários/Divulgação
Um dos corpos encontrados em presídio de Maceió estava amarrado com lençóis Imagem: Sindicato dos Agentes Penitenciários/Divulgação

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

12/01/2017 16h05

Dois presos foram encontrados mortos na tarde desta quinta-feira (12) na Casa de Custódia de Maceió. O presídio, destinado a abrigar presos provisórios, fica dentro do Complexo Prisional de Alagoas.

Segundo Kleyton Anderson, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas, o módulo onde os presos foram achados mortos era destinado ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ele conta que os dois detentos foram encontrados mortos com marcas de furos pelo corpo ao mesmo tempo e da mesma forma, mas foram assassinados em módulos diferentes --os módulos 1 e 2.

Kleyton diz que é cedo para afirmar se as mortes têm relação com a guerra de facções. "Não sabemos se eram presos de outra facção, e eles [do PCC] descobriram. Como esse presidio é porta de entrada, existe uma rotatividade muito grande", explicou.

Um dos corpos encontrados estava amarrado com lençóis. Segundo a Secretaria de Ressocialização, as mortes serão apuradas.

Segundo a secretaria, as vítimas foram Alexsandro Neves Breno, 40, era reincidente e foi detido novamente no dia 24 de dezembro de 2016; e Jonathan Marques Tavares, 25, que foi detido no dia 21 de dezembro. O órgão não informou o motivo da prisão dos dois.

As mortes em Alagoas ocorrem dez dias depois do massacre em presídios de Manaus, que deixaram 60 mortos, e seis dias após a rebelião Penitenciária Agrícola de Roraima, que deixaram 31 mortos. Somente nesta primeira semana de 2017, já houve 95 assassinatos.  

O governo federal anunciou o plano de construir ao menos um presídio em cada Estado, e afirma que possui políticas públicas para desafogar presídios e, assim, reduzir o número de presos.