Topo

Cerca de 600 policiais militares voltam ao trabalho no ES, diz governo

GILSON BORBA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: GILSON BORBA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

11/02/2017 18h39Atualizada em 11/02/2017 22h30

O governo do Espírito Santo informou, com dados da Polícia Militar, que 600 policiais atenderam ao chamado operacional, realizado às 16h deste sábado (11), se apresentaram e voltarão a fazer o policiamento ostensivo em cinco cidades do Espirito Santo, sendo elas Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e Cachoeiro de Itapemirim. Os demais municípios não divulgaram os resultados.

A PM também informou que ajudou no transporte de 70 policiais que estavam no Quartel do Comando Geral, mas queriam voltar a trabalhar.

"Normalmente o PM inicia o expediente no quartel. Como a paralisação não acabou, aconteceu o chamado operacional, eles foram chamados em outros pontos. Em Vitória, por exemplo, foram convocados na rodoviária, na praça Oito e na praça do Papa. Isso é um sinal de que a situação pode começar a mudar," afirmou ao UOL a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo.

Os policiais que se apresentaram aguardam ordens do comando, já que parte deles não têm fardas e não podem trabalhar sem uniformes. Eles não conseguem pegar as roupas nos quartéis, uma vez que os prédios estão bloqueados há oito dias por protestos de mulheres de PMs.

Aqueles que já apareceram fardados são os que tinham os uniformes em casa e estão autorizados a iniciar o patrulhamento. 

"A adesão é reflexo de uma ação que aconteceu nesta sexta-feira (10), onde foi determinado que o profissional que não atender a chamada operacional será indiciado pelo crime de revolta. Foram 703 indiciados ontem e esse número ainda pode aumentar", explicou a SSP.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS) informou que todos os policiais que desejam voltar ao trabalho podem usar as instalações das Forças Armadas para descanso ou abastecimento das viaturas.

O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), afirmou que não há "a menor possibilidade" de qualquer movimentação política em favor da anistia de policiais militares ser aprovada no Congresso Nacional. De acordo com Antonio Imbassahy, quem acredita em uma eventual anistia está sendo "iludido". 

Todos os PMs de Vitória são obrigados a responder ao chamamento geral deste sábado. Na sexta, o secretário de Segurança Pública, André Garcia, afirmou que folgas e férias estavam suspensas. (Com Agência Estado)