Metroviários de SP recebem contraproposta do governo e desistem de greve
Após receber uma contraproposta do governo de São Paulo, os metroviários desistiram na noite desta quarta-feira (22) de fazer uma paralisação de 24 horas amanhã.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo informou que recebeu um documento do governo estadual por volta das 19h que contemplava algumas das reivindicações da categoria.
Os metroviários marcaram uma nova assembleia para 6 de março. Até a data, a categoria seguirá em negociação com a Secretaria de Transportes Metropolitanos.
Os trabalhadores pedem que o Estado se comprometa a pagar a PR (Participação de Resultados) referente ao ano passado. Segundo os sindicalistas, o governo disse que não tinha verba para isso. A Secretaria de Transportes Metropolitanos, responsável pelo Metrô de São Paulo, ainda não se pronunciou a respeito.
“A proposta ora apresentada leva em conta, no pagamento PPR/2016, a grave crise econômica dos diversos segmentos da economia, que afeta diretamente a arrecadação tributária da Cia. Do Metrô de São Paulo com a redução dos passageiros pagantes e o aumento dos passageiros gratuitos”, aponta a ata.
Segundo argumento do Metrô na reunião, “as projeções para 2017 apresentadas no fluxo de caixa não poderão neste momento suportar o pagamento de uma folha”.
No ano passado, os funcionários teriam recebido, no mínimo, R$ 5,2 mil como PR. No total, o governo gastaria cerca de R$ 70 milhões com o pagamento pela participação.
“A posição do Tribunal foi que o Metrô pague essa PR como renovação do acordo anterior”, disse Raimundo Cordeiro, coordenador-geral do sindicato. Atualmente, trabalham no Metrô cerca de 9.200 pessoas.
Nesse sentido, a PR corresponderia a uma folha de pagamento, ou seja, salário mais gratificações por função e tempo de serviço. No mínimo, cada funcionário receberia R$ 5,7 mil.
“A empresa está demonstrando um grande desrespeito com a categoria, que está sobrecarregada”, disse Cordeiro ao UOL no início da tarde desta quarta-feira. O Metrô opera com deficit de funcionários, como mostrou o jornal Folha de S.Paulo em dezembro.
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