Mulher relata suposto abuso no metrô do DF e critica falta de assistência
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga um suposto abuso sofrido por uma mulher em um dos vagões do metrô. Em um vídeo gravado por uma outra passageira, é possível observar que o homem que está atrás da recepcionista Elizangela Rodrigues, 37, fica excitado. Segundo ela, a empresa não prestou nenhum tipo de atendimento e por isso, decidiu registrar um boletim de ocorrência na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher.
O caso aconteceu por de volta de 18h da última terça-feira (25), na estação 114 da Asa Sul, em Brasília. O destino final era até a região de Ceilândia, onde a mulher mora. O percurso é feito todos os dias por ela. Segundo a recepcionista, esta foi a primeira vez que não utilizou o vagão específico para mulheres.
"Decidi entrar em um outro vagão porque o das mulheres estava muito lotado. Não esperava passar por essa situação tão constrangedora. O pior de tudo foi que apesar da denúncia, os funcionários do metrô disseram que não podiam fazer nada porque estavam sem fiscais", conta Elizângela.
Apesar da acusação, o metrô garante que todos os funcionários são orientados a atender às vítimas e sugerirem que façam o registro da ocorrência em delegacias de polícia. Em nota, também disse que vai apurar se houve falha no atendimento à usuária.
"Nunca havia acontecido nada do tipo comigo. Mas sei que inúmeras mulheres passam diariamente por isso. O abuso aconteceu quando eu estava quase chegando em casa, fiquei assustada quando percebi o que aconteceu. Minha reação foi olhar para a mulher da minha frente e pedir que ela filmasse", explica a recepcionista.
Elizângela também conta que ao perceber que estava sendo filmado, o homem desceu na mesma estação que ela. Logo depois, observou que ele embarcou em outro vagão.
Vagão exclusivo
Para aumentar a segurança nos trens, foi criado o vagão exclusivo para mulheres. A medida funciona desde o dia 1º de julho de 2013, em cumprimento a uma Lei Distrital. Para usufruir do direito, os usuários devem utilizar sempre o primeiro carro do trem, o chamado carro líder, localizado logo após a cabine do piloto.
Tal ação faz parte da campanha “Não existem desculpas: assédio sexual é crime” a fim de coibir assédio sexual e orientar as vítimas. O cartaz da campanha instalado nos trens e nas estações chama a atenção dos usuários para a importância de se formalizar denúncia de casos de assédio ao Corpo de Segurança Operacional (CSO) do Metrô-DF, à polícia ou à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher.
Em 2016, cinco usuárias relataram assédio no sistema por meio da Ouvidoria. Em 2017, foram duas (uma dessas duas denúncias foi feita por um usuário do sexo masculino, que denunciou a conduta de outro usuário).
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