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Senhora de 78 anos é atropelada por "pelúcia motorizada" em shopping e se machuca

Normalmente usado por crianças, o carrinho estava sendo pilotado por uma senhora - Reprodução/Facebook Safari Tour
Normalmente usado por crianças, o carrinho estava sendo pilotado por uma senhora Imagem: Reprodução/Facebook Safari Tour

Demétrio Vecchioli

Colaboração para o UOL

31/05/2017 14h35

Uma senhora de 78 anos foi atropelada dentro de um shopping center de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no domingo, enquanto olhava a vitrine de uma loja. O veículo responsável pelo acidente, porém, não foi um automóvel, uma motocicleta, ou uma bicicleta. E sim um ursinho da cor caramelo, pilotado por outra senhora de idade avançada.

Maria Elisa Pinheiro Raymundo alega que estava olhando a vitrine de uma loja do Shopping Total quando o carrinho, normalmente alugado para diversão de crianças, a acertou por trás. Já o shopping diz que Maria Elisa disse que foi acertada ao caminhar para trás e entrar na frente do ursinho.

“Ela estava de costas e a coisa veio muito rápida. Pegou ela de costas, de supetão. A pessoa tinha parado e no arrancar deu uma velocidade maior. Ela caiu de frente, com as pernas debaixo do bichinho motorizado. A queda foi muito grande. Sorte que ela não bateu a cabeça”, conta a aposentada Sueli Raymundo, filha de Maria Elisa, que também é aposentada.

Ainda de acordo com Sueli, a idosa teve uma fissura na costela e está acamada. “Ela está em repouso, com os joelhos inchados, com hematoma. Ela não consegue respirar. Ficou sete horas no pronto socorro”, relata.

Um boletim de ocorrência foi aberto na Polícia Civil e a família promete entrar na Justiça contra “os responsáveis”. Sueli reclama que a loja, a Safari Tour, não tinha os contatos da pessoa que estava dirigindo o ursinho. Esta, por sua vez, “fugiu” do local, de acordo com Sueli, e não se colocou à disposição da vítima. Apenas avisou, ao devolver o bicho de pelúcia, que havia atropelado uma idosa.

O Shopping Total alega que o brinquedo, presente em diversos centros de compras do país, tem uma trava que limita a velocidade a apenas 1 km/h – uma pessoa normal caminha a 5km/h.

“Não estamos interessados em dinheiro. Não é nada disso. Mas queremos o reparo dos responsáveis aos danos causados à saúde dela”, diz Sueli, que ainda não sabe ao certo quem será processado. Ela acha que o shopping deveria delimitar o espaço desses carrinhos. Já o centro comercial disse que prestou todo o socorro necessário, inclusive levando a idosa até o hospital, e que o brinquedo nunca causou outros problemas. A Safari Tour não atendeu os contatos da reportagem.