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Após entrada de militares, dezenas de moradores voltam à Rocinha

Exército começa a subir a favela da Rocinha

UOL Notícias

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

22/09/2017 18h11Atualizada em 22/09/2017 18h40

Após a entrada dos blindados e do grande efetivo do Exército na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, dezenas de moradores passaram a voltar para a comunidade. Eles aguardavam o início da ação militar no acesso pela Estrada da Gávea.

A rota foi bloqueada pelas forças de segurança e liberada somente após a passagem do comboio. Aqueles que se arriscaram foram obrigados a subir a pé, pois a Polícia Militar vetou a circulação de motoboys pelas ruas da comunidade.

Com gradil e veículos da PM, as forças de segurança montaram um bloqueio logo na subida da Rocinha, onde todos os veículos são parados para identificação. Os carros não estão sendo impedidos de subir, inclusive táxis. A orientação, no entanto, é que os motoristas evitem a região por conta da possibilidade de tiroteios.

Um morador ouvido pelo UOL relatou como foram as horas que antecederam a chegada das Forças Armadas à comunidade. Segundo ele, houve um intenso tiroteio pela manhã, entre 7 h e 12 h, em um local no alto da favela conhecido como Laboriaux.

Traficantes escondidos em uma mata teriam trocado tiros com policiais militares do Batalhão de Choque e do Bope, que passaram o dia fazendo incursões pela Rocinha a fim de preparar o terreno para a operação em conjunto com as Forças Armadas. "Muita gente acordou com os tiros", disse o morador, que preferiu não se identificar.

Por volta das 18h, os motoboys ainda aguardavam no ponto de retenção para subir na comunidade. Os que vinham do alto da Rocinha não foram autorizados a voltar. Os moradores continuavam subindo normalmente, mas com um olhar apreensivo, principalmente diante da movimentação de policiais e militares.