Saí do carro 5 minutos antes, diz motorista que teve carro esmagado por viaduto

Um dos quatro carros atingidos por parte do viaduto do Eixão Sul que desabou na tarde desta terça-feira (6) no centro de Brasília é do bancário Lindebergue Igor, 50. Ele trabalha no prédio que fica ao lado da parte da via que desabou e conta que estava dentro do carro cinco minutos antes do desabamento.

“Estaciono sempre ali debaixo do viaduto. Por pouco, teria acontecido uma tragédia" disse o bancário. "Costumo aproveitar a hora de almoço para ouvir música no carro. Hoje, fui até ele momentos antes da queda para deixar uma pasta com documentos. Deus sabe o que faz”, afirmou.

O Eixão Sul é considerado uma das principais vias expressas da capital federal, responsável pela ligação entre as asas Norte e Sul, passando pelo Eixo Monumental, onde fica a Esplanada dos Ministérios.

A região costuma concentrar muitas pessoas durante a hora do almoço, porque embaixo do viaduto funciona um tradicional centro comercial, conhecido como Galeria dos Estados. No acidente, parte do muro de um restaurante instalado no estabelecimento também foi atingida. Funcionários do restaurante, que serve cerca de 300 refeições por dia, relataram que o desabamento aconteceu por volta das 11h40. O restaurante ainda estava fechado e ninguém se feriu. 

Por volta das 14h30, o veículo de Lindebergue ainda estava debaixo dos escombros. Ele contou que além do carro, ele também perdeu documentos importantes, como as carteiras de identidade e trabalho.

A parte do viaduto que desabou corresponde à metade das três faixas do sentido sul da via. Segundo o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do DF, até o final da tarde desta terça, o Eixão se encontrava interditado no sentido norte-sul, desde a entrada do Buraco do Tatu até a altura do Hospital de Base.

Para os motoristas que tinham o Eixão como trajeto, o DER indica como vias alternativas os Eixos L e W, além da L2 e W3 Sul.

O governo do DF afirmou que o Eixão ficará interditado pelo menos até o dia 19 para a realização de uma avaliação técnica e pericial sobre as causas do desabamento e para que sejam feitas as primeiras intervenções na área. Somente após a avaliação técnica será possível definir se o viaduto poderá ser recuperado ou se ele terá que ser demolido.