Suspeito de matar menina pode ter sido morto por vingança em tribunal do crime, diz polícia
A Polícia de Ribeirão Preto (a 336 quilômetros de São Paulo) investiga a hipótese de uma facção criminosa ter organizado um tribunal do crime para julgar, condenar e executar Danilo Moreira Pimenta, 17. O jovem era o principal suspeito de matar a própria mulher, a adolescente de 15 anos Khadija Aziani das Dores, no último dia 3 de fevereiro.
Pimenta foi encontrado morto na manhã do domingo (11), perto da Rodovia Alexandre Balbo (Anel Viário Norte). Segundo a polícia, o corpo dele foi achado parcialmente enterrado por um ciclista em um matagal com ferimentos no pescoço e no abdômen.
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“Ainda é cedo para afirmar que ele foi morto em um tribunal do crime. O que temos certeza é de que sua morte foi motivada por vingança”, disse ao UOL, nesta terça-feira (13), o delegado Cláudio Salles, do Setor de Homicídios.
A suspeita é de que o tribunal do crime tenha sido organizado por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) para retaliar a morte da Khadija. O delegado não deu detalhes das investigações, mas ressaltou que “nenhuma hipótese está afastada”.
Segundo a polícia, pelo estado de decomposição do corpo, a suspeita é de que o adolescente estivesse morto há pelo menos três dias. Ao UOL, a polícia diz acreditar que os ferimentos tenham sido provocados por uma faca. O resultado do exame de necropsia feito pelo Instituto Médico Legal (IML) para apontar a data e a causa da morte ainda não foi divulgado.
O adolescente estava desaparecido desde o último dia 3, quando se tornou o principal suspeito de matar a mulher com um tiro na boca. O corpo dela foi encontrado perto da casa do casal, no bairro Ipiranga. Vizinhos ouviram o barulho de um disparo e acionaram a Polícia Militar.
A PM chegou ao local e achou Khadija morta. O marido dela e a arma não foram encontrados. Na casa deles, a polícia encontrou porções de maconha. O casal mantinha uma relação marcada por brigas e violência, segundo Boletim de Ocorrência.
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