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Forças Armadas realizam 6ª incursão em duas semanas em favela da zona oeste do Rio

07.mar.2018 - Militares fazem operação na Vila Kennedy, zona oeste do Rio - Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
07.mar.2018 - Militares fazem operação na Vila Kennedy, zona oeste do Rio Imagem: Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Luis Kawaguti

Do UOL, no Rio

09/03/2018 06h28

As Forças Armadas realizam na manhã desta sexta-feira (9) a sexta incursão em duas semanas na favela da Vila Kennedy, na zona oeste do Rio de Janeiro. Cerca de 1.400 homens participam da ação, que visa enfraquecer o poder do crime organizado na região.

As ações das Forças Armadas na favela começaram no dia 23 de fevereiro, após ser localizada na região uma arma que pertencia ao sargento Bruno Cazuka, morto três dias antes por criminosos em Campo Grande, bairro da zona oeste do Rio.

As incursões visavam prender suspeitos procurados e destruir barricadas levantadas pelo crime organizado em ruas da favela. Os militares usaram tratores e maquinário pesado para retirar mais de 100 dessas barreiras na favela. 

Os criminosos chegaram a reerguer algumas dessas barricadas no início desta semana, mas elas voltaram a ser destruídas por forças de engenharia de combate do Exército.

As operações vêm contando também com o uso de blindados e helicópteros.

Militar entrega rosa branca para moradora da Vila Kennedy - Comando Militar do Leste / Divulgação - Comando Militar do Leste / Divulgação
Militar entrega rosa branca para moradora da Vila Kennedy
Imagem: Comando Militar do Leste / Divulgação

Na quinta-feira, os militares aproveitaram da data do Dia Internacional da Mulher para distribuir mil rosas brancas para as moradoras. A ação marcou o início de um esforço para ganhar a confiança da população local.

Em breve, a equipe do interventor Walter Braga Netto deve levar serviços do Estado para a região em parceria com as secretarias, que ainda estão sob o controle do governador Luiz Fernando Pezão. Ainda não foram divulgados detalhes dessa ação, mas se especula que sejam serviços básicos em áreas como saúde, assistência social e zeladoria urbana.

A Vila Kennedy vem sendo tratada pela equipe do interventor como um modelo para as operações das forças de segurança no Rio. A favela foi a região que mais recebeu ações militares desde o início da intervenção, no dia 16 de fevereiro.