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Traficante braço direito de Beira-Mar é transferido para o semiaberto em Minas Gerais

O traficante Roni Peixoto, em imagem de novembro de 2010 - Charles Silva Duarte/O Tempo/Folhapress
O traficante Roni Peixoto, em imagem de novembro de 2010 Imagem: Charles Silva Duarte/O Tempo/Folhapress

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

25/03/2018 09h30

Condenado por homicídio, tráfico de drogas, posse e porte ilegal de arma de fogo e formação de quadrilha, Roni Peixoto, 47, progrediu para o regime semiaberto e obteve os benefícios de saída temporária e trabalho externo. Ele é considerado pela polícia um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho, com forte atuação no Rio de Janeiro, e apontado como braço direito em Minas Gerais de Luís Fernando da Costa, o narcotraficante Fernandinho Beira-Mar, preso há 11 anos e atualmente cumprindo pena em uma unidade de segurança máxima no Rio Grande do Norte.

Peixoto deixou a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, em 1º de março, e foi transferido para o Complexo Público Privado III, em Ribeirão das Neves, também na região metropolitana da capital mineira. A informação, porém, só foi confirmada pela Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais neste sábado (24).

Preso desde 2012 e condenado a 35 anos de prisão, ele conseguiu a transferência após alcançar a progressão do regime, concedida no início do ano pelo juiz da Vara de Execuções Penais de Contagem Wagner de Oliveira Cavalieri. Mas, à época, o juiz não autorizou a saída temporária nem o trabalho externo, destacando que Roni Peixoto já havia aproveitado benefício semelhante, em 2011, para fugir.

A saída temporária e o trabalho externo de agora foram concedidos pela juíza Miriam Vaz Chagas, da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, em fevereiro. Em sua decisão, a juíza disse que ele havia cumprido um quarto da pena e tinha bom comportamento, preenchendo os requisitos para conseguir os benefícios.

Procurado por quase um ano

Em 2011, após a fuga, Roni Peixoto foi parar em um condomínio de luxo em Goiânia, a cerca de 900 km de Belo Horizonte. Ele só foi recapturado quase um ano depois.

Acompanhado da mulher e de dois filhos, foi preso novamente. Peixoto, cujo apelido é “Gordo”, estava na lista dos traficantes mais procurados do Estado mineiro.

Segundo levantamentos realizados pela Polícia Civil, ele não tinha nenhuma atividade remunerada em Goiânia.

A reportagem do UOL não conseguiu localizar a defesa de Peixoto para comentar a progressão de regime neste domingo (25).