Forças Armadas fazem operações em rodovias e favelas para combater roubo de cargas no Rio
As Forças Armadas iniciaram na manhã desta quarta-feira (9) três operações simultâneas em rodovias e favelas do Rio de Janeiro para combater o crime de roubo de cargas. As ações foram planejadas pela intervenção federal na segurança do estado e mobilizam 1.550 militares, 140 policiais rodoviários federais e 150 policiais civis.
Em uma das operações, militares das Forças Armadas ocuparam as favelas Furquim Mendes, Dique e Ficap, que ficam em uma região localizada entre os bairros da Pavuna e Vigário Geral, na zona norte do Rio.
Apoiados por blindados e maquinário pesado, como caminhões, escavadeiras e veículos equipados com britadeiras, os militares e policiais civis tentam prender suspeitos e remover barricadas erguidas pelo crime organizado nas três favelas. No início da ação as forças de segurança foram recebidas a tiros por membros do crime organizado, mas a resistência teria durado apenas um curto período de tempo, segundo o coronel Carlos Cinelli, porta-voz do Comando Conjunto da intervenção.
Até às 13h, 21 suspeitos haviam sido presos na operação.
Em outra ação, policiais rodoviários federais e militares do Exército fiscalizam as principais rodovias que ligam o Rio de Janeiro aos estados vizinhos de São Paulo e Minas Gerais em busca, principalmente, de caminhões e veículos roubados.
A terceira operação envolve a realização de um cerco nas principais vias de acesso à capital fluminense, entre elas a Avenida Brasil, e trechos das rodovias BR-116 (Presidente Dutra), BR-101 (Rio-Santos) e RJ-104 (que liga Niterói a Itaboraí).
Os roubos de cargas acontecem com maior frequência na região metropolitana do Rio. Segundo a polícia, criminosos armados costumam abordar motoristas de caminhão quando eles se aproximam ou deixam a cidade. Os veículos são então levados então para o interior de favelas próximas a rodovias onde os caminhões são descarregados.
As cargas roubadas vão de alimentos a eletrônicos. Os produtos são comercializados nas próprias favelas e também vendidos por preços reduzidos no comércio irregular do Rio.
Essa modalidade de crime aumentou 23% entre os meses de fevereiro e março deste ano (estatística mais recente disponível) no estado do Rio. Em fevereiro foram registrados 742 casos, contra 917 no mês seguinte.
A intervenção federal afirma que vem pautando suas ações ostensivas com base em informações de inteligência e de acordo com a chamada “mancha criminal”, uma análise de onde cada tipo de crime vem ocorrendo e com qual frequência.
Operações como as dessa quarta-feira (9) são classificadas pelos interventores como "emergenciais". Elas também incluem o reforço das Forças Armadas no patrulhamento de rua no Rio e acontecem em paralelo a um trabalho de bastidores de reestruturação de órgãos policiais que incluem treinamento de policiais, aumento de efetivos, compra de equipamentos e mudanças em estruturas administrativas.
O Comando Conjunto da intervenção não divulgou até quando durarão as operações nas rodovias e favelas.
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