Padre é condenado a 35 anos de prisão por estupro de dois adolescentes em SC
Preso desde junho de 2017, o padre Marcos Roberto Ferreira, que celebrava missas em Joinville, foi condenado a 35 anos e seis meses de prisão pelo crime de estupro de vulnerável e fornecimento de bebida alcoólica a crianças. A pena deverá ser cumprida em regime fechado. Ao UOL, o advogado do padre disse que irá recorrer da decisão. Apesar de confirmar o recurso, a defesa não quis entrar em detalhes da estratégia porque o processo corre em segredo de Justiça.
As vítimas são dois meninos de 12 e 13 anos que frequentavam a paróquia da cidade catarinense. O advogado do padre, Karlo Murillo, revela que o religioso recebeu a notícia da condenação por ele, mas que não tem autorização para divulgar como Marcos Roberto, 36, reagiu. A defesa apenas adianta que o homem se declara inocente das acusações.
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“infelizmente não tenho autorização do padre para falar sobre ele. Meu trabalho é representá-lo perante o Poder Judiciário”, disse o advogado. A condenação é em primeira instância. Até o momento, a Justiça ouviu 14 pessoas relacionadas à acusação, entre testemunhas e vítimas, e 42 de defesa.
Por meio de nota, a Diocese de Joinville disse que desde que tomou conhecimento das denúncias e afastou o padre Marcos Roberto Ferreira do ministério sacerdotal, como prevê o Código de Direito Canônico e orienta o Papa Francisco. A diocese também adianta que o religioso contratou advogado próprio para defendê-lo e está custeando os serviços com recursos próprios.
“Portanto, informações referentes ao processo, à condenação em primeira instância e possíveis recursos, devem ser verificadas diretamente com sua defesa. Diante da condenação em primeira instância, a Diocese continuará o processo canônico que culminará na redução ao estado laical do referido padre, ou seja, definitivamente não exercerá mais o ministério sacerdotal”, completou.
A diocese também lamentou o caso e contou que todos os fiéis estão unidos em oração por “todos os que estão sofrendo.”
A unidade religiosa reforça que continua à disposição das autoridades e que está comprometida com a busca da verdade, já que repudia totalmente a pedofilia.
Provas pelo WhatsApp
O caso veio à tona em maio de 2017 através dos pais de um dos jovens. O sacerdote foi acusado de abusar de menores de idade, que foram dormir com ele durante um retiro. Do banheiro, um menino de 13 anos, enviou o seguinte WhatsApp para o pai: “Pai, vem me buscar, por favor. Estou no banheiro”.
Em todos os casos, as vítimas eram meninos entre 12 e 14 anos. Segundo a Polícia Civil, pelo menos cinco crianças confirmaram ter sido vítimas de abusos, alguns desde 2015. Todas foram ouvidas por psicólogos e relataram que os abusos aconteciam na casa paroquial.
O padre está preso na Unidade Prisional Avançada (UPA) de São Francisco do Sul.
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