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"Paty Bumbum" é detida acusada de aplicar silicone industrial em pacientes

"Paty Bumbum" vai responder pelo crime de exercício ilegal de medicina  - Divulgação/Polícia Civil
"Paty Bumbum" vai responder pelo crime de exercício ilegal de medicina Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Rafael Pezzo

Colaboração para o UOL

25/07/2018 20h00

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deteve na tarde desta quarta-feira (25), a falsa médica Patrícia Silva dos Santos, de 47 anos, conhecida como "Paty Bumbum". Ela é suspeita de aplicar silicone industrial nos glúteos de mulheres, em uma casa em Curicica, na zona oeste da cidade. Patrícia responderá em liberdade pelo crime de exercício ilegal de medicina e, se condenada, pode pegar até dois anos de prisão. 

Segundo informou ao UOL a delegada Daniela Terra, da Delegacia do Consumidor (Decon), "Paty Bumbum" não é formada em medicina e marcava as consultas por meio de um grupo no WhatsApp. Nas redes sociais, ela também exibia fotos das sessões e dos resultados das aplicações, que custavam R$ 4.500 cada.

Na casa dela, os policiais e funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apreenderam materiais que seriam usados nas consultas. 

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A polícia chegou até a falsa médica com a ajuda de uma denúncia anônima, após a divulgação de um áudio atribuído a ela, em que comentava a morte de uma paciente do "Doutor Bumbum", preso em 19 de julho deste ano no Rio de Janeiro, indiciado por homicídio qualificado e associação criminosa. "Todo ano morre alguém fazendo alguma p*** de estética, mas pelo menos a gente morre fazendo aquilo que a gente quer e não morre feia", afirmou. "Vamos parar com essa palhaçada. Deixa o cara. A mulher já morreu. Ela quem procurou ele", completou.

Em outra mensagem também atribuída a "Paty Bumbum", ela transfere o risco das suas sessões às clientes. "É igual quando vocês me procuram. Eu não falo para ninguém no grupo que sou médica, não engano ninguém. Quando alguém me procura, sabe do risco que corre", afirmou.

Até então, Patrícia já tinha outros três registros na polícia, mas nenhum relacionado às aplicações. Em março de 2013, foi denunciada por ameaça, em novembro, por lesão corporal leve e injúria, e, em 2016, por omissão de cautela de animal perigoso e injúria.