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Perícia encontra lesões características de esganadura em advogada morta no PR

A advogada Tatiane Spitzner é agredida pelo marido, Luis Felipe Manvailer, no elevador - Reprodução
A advogada Tatiane Spitzner é agredida pelo marido, Luis Felipe Manvailer, no elevador Imagem: Reprodução

Rafael Pezzo

Colaboração para o UOL

06/08/2018 12h54

Peritos criminais da Polícia Civil encontram uma fratura óssea e hematomas na região do pescoço da advogada Tatiane Spitzner; as lesões são características de esganadura. O marido dela, Luis Felipe Manvailer, foi preso em 22 de julho e é o principal suspeito de ter jogado a mulher do quarto andar do prédio onde moravam em Guarapuava, no Paraná.

Ao UOL, os promotores Dúnia Serpa Rampazzo e Pedro Henrique Brazão Papaiz, do Ministério Público do Paraná, adiantaram que irão denunciar Manvailer por homicídio, com quatro qualificadores (meio cruel, dificultar defesa da vítima, motivo fútil e feminicídio. A denúncia foi elaborada pelos promotores. 

"Estamos consternados e tristes ao saber de mais esse dado chocante desse crime chocante do qual ela foi vítima", afirmou ao UOL Gustavo Scandelari, advogado da família da vítima. "Até o momento, não havia qualquer registro de violência física entre o casal. No entanto, com os depoimentos de testemunhas colhidos pela Polícia Civil, pudemos constatar um passado de agressões verbais dele contra Tatiane", completou.

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Além de feminicídio, considerado crime hediondo, ele também responderá por cárcere privado, por impedir a fuga de Tatiane, e por fraude processual, por ter interferido na cena do crime, retirando o corpo da mulher da calçada e limpando o sangue do elevador.

Câmera de segurança

Imagens das câmeras de segurança do condomínio onde o casal vivia mostram Manvailer agredindo Tatiane repetidas vezes. A violência começa no carro, com tapas e golpes na cabeça da advogada, continua no estacionamento e no elevador, até a chegada dos dois no andar onde moravam. Depois, ele aparece com a roupa suja de sangue recolhendo o corpo da mulher, já sem vida, leva a vítima para o apartamento e volta para limpar o sangue. 

Algum tempo depois, as câmeras registram quando ele desce para a garagem com outra camisa, continua limpando os vestígios de sangue e ao entrar no estacionamento, sai de carro e dirige por 258 km, até ser preso.