Viaduto que cedeu em SP volta a se mexer, e procedimentos são acelerados para escorar estrutura
A secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo informou nesta sexta-feira (16) que o viaduto que cedeu parcialmente na marginal Pinheiros, ontem de madrugada, na alça de acesso à rodovia Castelo Branco, sofreu nova movimentação hoje pela manhã. Ontem, a estrutura havia se deslocado 4 milímetros em uma ponta, e 5 milímetros, em outra. Hoje, segundo o secretário Vitor Aly, os dois lados chegaram a 7 milímetros de deslocamento cada um.
De acordo com Aly, a constatação fez com que a administração municipal acelerasse os trabalhos para escorar o viaduto, localizado na pista expressa da marginal. Com os reparos, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) interditou um trecho de 16 km da pista expressa sentido Castelo Branco da marginal --no trecho entre as pontes Transamérica e Jaguaré.
“A estrutura voltou a mexer. O que está acontecendo: a estrutura, quando rompe, tem que redistribuir os esforços que estão internos. Ela está se movimentando, distribuindo tensões, e vai aparecendo uma movimentação ou outra”, disse. “Nosso objetivo agora é garantir a segurança para que ela não venha a colapso, por isso estamos acelerando as medidas que preservem a integridade do viaduto, no que for possível, para pensarmos no que será feito em termos de recuperação da estrutura”, completou.
O secretário reforçou o que havia dito mais cedo, quando admitiu a possibilidade de desabamento do viaduto. “O risco ainda existe”, afirmou. Por outro lado, ressalvou que as ações para escorar a estrutura devem possibilitar o quanto antes o acesso de técnicos para o interior dela --ação necessária para detectar qual o real dano e que tipo de ação definitiva de engenharia será necessário para recuperá-lo, caso não precise ser demolido.
“Conseguimos liberar a entrada de uma máquina para acelerar a demolição de casas, o que estava sendo feito manualmente”, relatou, referindo-se a bases operacionais da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) abaixo do elevado.
Também hoje, a prefeitura instalou telas de proteção para dificultar a visualização das obras por quem passa pela pista local, que manteve o tráfego liberado. A justificativa é que os motoristas estavam fazendo fotos dos trabalhos de escoramento --alguns, registros de selfies-- e prejudicando o fluxo de veículos.
Os trabalhos de escoramento são complementados com ação de topógrafos e de drones.
O prefeito Bruno Covas (PSDB) não passou hoje pelo local e, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, não teria agenda pública. Ontem, ao visitar a área, Covas anunciara que os trabalhos de escoramento deveriam ser finalizados até o final do feriadão, na próxima terça (20), Dia da Consciência Negra. A previsão está suspensa.
Linha esmeralda
Às 10h desta sexta, a a CPTM suspendeu a circulação de trens entre as estações Pinheiros e Ceasa, na linha 9-esmeralda, nas proximidades do viaduto. De acordo com a companhia, o pedido para a suspensão partiu da Prefeitura de São Paulo, logo depois de se anunciar a possibilidade de o viaduto ruir. A alegação foi a trepidação dos trens no local.
A SPTrans (São Paulo Transportes) acionou a operação Paese nas duas estações. Conforme a CPTM e a Prefeitura, não há previsão de retorno das duas estações. Placas de sinalização com a nova velocidade de 20 km/h para os trens, no lugar do limite de 90 km/h anterior, no entanto, já foram instaladas no trecho para quando a situação se normalizar.
Rodízio suspenso
Nesta tarde, a prefeitura informou que o rodízio de carros na capital paulista será suspenso na marginal Pinheiros, sentido Castelo Branco, a partir da quarta-feira (21) após o feriadão prolongado, por tempo indeterminado. A medida vale até a liberação total da via. Segundo a prefeitura, não haverá rodízio entre a avenida dos Bandeirantes e a ponte dos Remédios.
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