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Morre cachorro enterrado vivo em Alagoas

8.jan.2019 - Batizado de "Dogão", um cachorro encontrado enterrado vivo em um terreno em Alagoas foi resgatado por uma ONG - Reprodução/Instagram Projeto Acolher
8.jan.2019 - Batizado de "Dogão", um cachorro encontrado enterrado vivo em um terreno em Alagoas foi resgatado por uma ONG Imagem: Reprodução/Instagram Projeto Acolher

Do UOL, em São Paulo

21/01/2019 13h39

O cão da raça rottweiller que foi resgatado após ter sido enterrado vivo em um terreno baldio na Barra de São Miguel, zona sul de Alagoas, morreu na manhã desta segunda-feira (21), segundo o Projeto Acolher, ONG que passou a cuidar do animal. 

"Dogão", como foi batizado, foi salvo no último dia 8 de janeiro depois que moradores da região ouviram o som do seu choro embaixo da terra e passou a receber cuidados do Projeto Acolher. Segundo a ONG, o cão morreu devido a complicações no seu estado de saúde. 

O Projeto Acolher afirmou, à época, que o estado do cachorro era "gravíssimo". Chegou-se a suspeitar que sofria de cinomose, doença viral, mas exames descartaram a hipótese. Porém, até esta segunda-feira (21), não havia um diagnóstico preciso sobre a doença que vitimava o animal, que apresentava feridas e infestação de carrapato por todo o corpo.

Pelo Instagram, a ONG informava os seguidores sobre o quadro de saúde do animal. "Pessoal, o Dogão está muito ruim! O xixi dele é só pus! Ele parece não querer viver. Imploramos por muita oração pelo nosso Dogão!", escreveu o Projeto Acolher no final da noite de domingo (20). 

O homem suspeito de ter enterrado o cão foi indiciado pela Polícia Civil de Alagoas por maus-tratos. O inquérito foi concluído e será remetido ao Ministério Público para análise. 

À polícia, o acusado, que não teve o nome divulgado, afirmou que enterrou o cachorro no último dia 7 após achar que o animal já estivesse morto. 

Crime

O Senado Federal aprovou projeto de lei, em dezembro passado, que aumenta a pena para quem pratica maus-tratos contra animais. Atualmente, a pena para quem pratica este tipo de crime é de dois meses a um ano de detenção.

A proposta é de aumentar a pena entre um ano a quatro anos de prisão, além de aplicação de multa de até mil salários mínimos. O projeto de lei de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e deve ser analisado ainda pela Câmara dos Deputados.