Polícia divulga nomes de 8 vítimas da barragem em Brumadinho (MG)
A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou na noite deste sábado (26) os nomes das oito primeiras vítimas identificadas da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais. Segundo a polícia, as famílias fizeram o reconhecimento dos corpos.
A médica Marcelle Porto Cangussu, que aparece na lista, foi identificada ainda na tarde deste sábado. Funcionária da Vale desde 2015, ela estava trabalhando no momento em que a barragem se rompeu.
Veja os nomes:
Marcelle Porto Cangussu
Jonatas Lima Nascimento
Carlos Roberto Deusdedit
Leonardo Alves Diniz
Fabricio Henriques
Robson Máximo Gonçalves
Willian Jorge Felizardo Alves
Eliandro Batista de Passos
Entre os 8 nomes divulgados, 3 constam da relação de funcionários da Vale considerados desaparecidos. São eles: Jonatas Lima Nascimento, Carlos Roberto Deusdedit e Willian Jorge Felizardo Alves.
Outras dois nomes da lista apresentam grafia semelhante a funcionários que aparecem na listagem da Vale --a empresa traz os nomes de Fabricio Henriques da Silva e Elindro Batista de Passos.
Procurada, a Vale não soube confirmar se os nomes dizem respeito às mesmas pessoas e informou não poder divulgar uma atualização da lista de desaparecidos sem antes contatar a Defesa Civil.
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou na noite deste sábado (26) que 34 pessoas morreram por conta da queda da barragem I da Mina do Feijão, em Brumadinho. O número supera as vítimas fatais do desastre ambiental de Mariana, em 2015, quando 19 pessoas morreram.
Os bombeiros também informaram que 296 pessoas estão desaparecidas. Há ainda 81 desabrigados e 23 pessoas hospitalizadas.
Após a divulgação pelo Corpo de Bombeiros, o governo de Minas Gerais chegou a informar que 40 pessoas haviam morrido. Cerca de uma hora depois, no entanto, o governo voltou a falar em 34 mortos.
As buscas por sobreviventes foram interrompidas por volta das 20h deste sábado e devem ser retomadas a partir das 4h de domingo (27). De acordo com os bombeiros, a medida foi tomada para possibilitar o bombeamento de água em uma vazão maior para esvaziar outra barragem do complexo, a barragem VI --garantindo, assim, maior segurança à operação.
Em entrevista coletiva na tarde deste sábado, o coronel Anderson Almeida afirmou que ainda há risco de desmoronamento da barragem VI, mas que os bombeiros e a Vale estão trabalhando para tentar garantir a segurança da área. "Não descartamos o rompimento da barragem VI, ainda estamos trabalhando numa situação em que pode estar seguro, estamos drenando", afirmou o oficial.
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