Topo

Caso Marielle: PF cumpre mandados contra ações para dificultar investigação

Marielle Franco - Reprodução/Instagram/marielle_franco
Marielle Franco Imagem: Reprodução/Instagram/marielle_franco

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

21/02/2019 08h52

A Polícia Federal cumpre hoje oito mandados de busca e apreensão expedidos no âmbito das investigações sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março do ano passado.

De acordo com a PF, a operação tem como objetivo "apurar possíveis ações que estariam sendo praticadas com o intuito de obstaculizar as investigações"

Sem dar muitas informações sobre o caso, a PF informou que a ação foi autorizada pela Justiça Estadual após submetidas ao Ministério Público do Rio de Janeiro e ressaltou que "as investigações a cargo da Polícia Federal se restringem à identificação de entraves e obstáculos dirigidos à investigação dos crimes, estando a cargo dos órgãos de segurança do Estado do Rio de Janeiro a apuração da autoria, motivação e materialidade de tais eventos criminosos"

O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa um ano no dia 14 de março e até agora o caso não foi elucidado.

No dia 22 de janeiro, o governador do Rio Wilson Witzel informou que um dos cinco presos em uma operação da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público é suspeito de envolvimento no caso da execução da vereadora.

Ao todo, o grupo integra uma milícia que age na grilagem de terra na zona oeste do Rio. Treze mandados de prisão foram expedidos na ocasião.

CASO MARIELLE: ANISTIA INTERNACIONAL VÊ LABIRINTO SEM SAÍDA

bandrio

Marielle teria sido vítima de quadrilha ligada a grilagem

Em dezembro de 2018, o então secretário de Segurança Pública, general Richard Nunes, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que a vereadora Marielle Franco teria sido morta por uma quadrilha especializada em grilagem de terras.

De acordo com ele, os criminosos teriam "superestimado" a atuação da parlamentar nessas localidades e, por isso, cometido o crime. Em entrevistas posteriores às declarações do secretário, membros do PSOL negaram que Marielle viesse sendo vítima de ameaças ou que tivesse uma atuação mais profunda de combate a esses grupos.