Miliciano preso em ação do MP é suspeito da morte de Marielle, diz Witzel
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou em suas redes sociais que um dos cinco presos na operação "Os Intocáveis", realizada pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público na manhã desta terça-feira (22), é suspeito de ter participado da execução da vereadora Marielle Franco, em março do ano passado.
"Um dos 5 presos na Operação Os Intocáveis é suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes", escreveu Witzel.
A operação foi realizada nesta manhã e prendeu cinco homens suspeitos de integrar uma milícia que age na grilagem de terra na zona oeste do Rio de Janeiro. No total, foram expedidos treze mandados de prisão preventiva.
O UOL tentou confirmar com o Ministério Público se somente um dos presos teria envolvimento com o assassinato de Marielle, mas não obteve resposta.
Witzel também elogiou a atuação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), órgão vinculado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). "Gostaria de parabenizar o Gaeco, do @MP_RJ, com o apoio da Draco e da Core, da Polícia Civil, por mais uma ação bem sucedida."
Os trabalhos se concentram nas favelas de Rio das Pedras e Muzema, além de endereços nos bairros da Barra de Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena. Também são cumpridos mandados de busca e apreensão.
O major da Polícia Militar Ronald Paulo Alves Pereira está entre os presos. Ele é apontado como um dos líderes da organização que explora o mercado imobiliário da região. Completariam a cúpula do grupo, Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como Capitão Adriano, e Ronald Paulo Pereira, o Major Ronald. Ambos estão foragidos e são alvos de mandado de prisão.
Marielle teria sido vítima de quadrilha especializada em grilagem
Em dezembro de 2018, o então secretário de Segurança Pública, general Richard Nunes, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que a vereadora Marielle Franco (PSOL), morta em março do mesmo ano, teria sido morta por uma quadrilha especializada em grilagem de terras.
De acordo com ele, os criminosos teriam "superestimado" a atuação da parlamentar nessas localidades e, por isso, cometido o crime.
Em entrevistas posteriores às declarações do secretário, membros do PSOL negaram que Marielle viesse sendo vítima de ameaças ou que tivesse uma atuação mais profunda de combate a esses grupos.
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