Punido por encontro, Bruno irá para presídio de segurança máxima
A Justiça de Minas Gerais decidiu que o ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza será transferido para o presídio de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele deixará a Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), em Varginha (MG), onde cumpre pena, após ter sido punido por usar um telefone celular para marcar encontro com mulheres no local. A informação foi dada pela Rádio Itatiaia e confirmada pelo UOL.
O encontro de Bruno ocorreu em outubro do ano passado, foi registrado por câmeras e teve ampla repercussão na época. Em dezembro, o Conselho Disciplinar da Apac de Varginha inocentou o goleiro, mas o juiz da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Varginha, Tarcísio Moreira de Souza, reviu o caso em fevereiro deste ano e identificou que houve "falta disciplinar grave" do ex-goleiro.
A Secretaria de Administração Prisional e Segurança Pública de Minas Gerais informou que foi notificada hoje sobre a decisão judicial e que a transferência de Bruno será feita nos próximos dias. Porém, o órgão disse que, por questões de segurança, não irá informar detalhes da transferência do ex-goleiro, como data e horário.
Bruno perdeu o direito de cumprir pena na Apac, onde tinha licença para trabalhar fora do presídio. Além disso, a defesa dele estima que o ex-goleiro só poderá pedir novamente a progressão de pena e tentar deixar o regime fechado em fevereiro de 2023.
Método de confiança
De acordo com a direção da Apac, a conduta de Bruno foi incompatível com o "método de confiança" adotado pela instituição, considerada uma "falta grave".
"O nosso método é baseado na confiança entre os recuperandos. É dada a chance, como foi dada a Bruno, do trabalho externo. A princípio, parece que houve uma quebra de confiança, e nós não temos esse hábito de dar chance. Uma vez quebrada a confiança, eles perdem a oportunidade", informou a Apac.
O UOL não localizou a defesa do ex-goleiro na manhã de hoje para comentar a transferência.
O ex-goleiro foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, que desapareceu em 2010. O corpo dela nunca foi encontrado. Eliza tinha 25 anos à época e era mãe do filho recém-nascido de Bruno, que, na ocasião, não reconhecia a paternidade da criança.
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