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Mãe que jogou filha pela janela tinha surtos e foi internada, diz polícia

Stella Borges

Do UOL, em São Paulo

27/05/2019 17h27

Depoimentos colhidos no inquérito que apura a tentativa de homicídio de uma menina de 3 anos, arremessada do quinto andar pela mãe, que se jogou na sequência, indicam que a mulher tinha histórico de depressão e surtos e chegou a ser internada.

Os relatos foram dados à polícia por familiares e amigos da estudante F.F.G, 29, indiciada na última sexta-feira em São Paulo após o episódio.

De acordo com Wagner Rosalin, chefe de investigação do 91º DP, onde o caso foi registrado, a irmã e o ex-companheiro de F.F.G, pai da criança, já foram ouvidos. O casal não estava mais junto havia cerca de seis meses, segundo o policial.

"Eles relataram que ela tem um quadro depressivo e mencionaram que chegou a passar por uma internação", disse ele ao UOL.

Policiais e vizinhos que acompanharam o caso disseram que a estudante estava "transtornada" e falava coisas desconexas.

De acordo com o boletim de ocorrência, ela segurava duas facas e dizia que tinha jogado a filha pela janela "porque havia muita gente dentro do apartamento". Na madrugada do acidente, amigos relataram à polícia que a estudante já havia tido surtos antes.

Mãe e filha seguem hospitalizadas

A mãe, que foi internada com múltiplas fraturas na UTI do e HC (Hospital das Clínicas) no dia do ocorrido, tem quadro estável.

Com a melhora do estado de saúde, a polícia espera poder ouvi-la nos próximos dias.

Ela foi indiciada também por incêndio porque, segundo a polícia, colocou fogo nas cortinas do apartamento antes de saltar. Ela está sob escolta policial no hospital.

Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que as autoridades aguardam as oitivas de testemunhas e a conclusão dos laudos para relatar o caso à Justiça.

Já a criança segue internada no Instituto da Criança do HC com quadro estável. Ela caiu sobre o para-brisa de um carro que entrava na garagem do prédio.

Quando receber alta, a garota deve ficar sob os cuidados do pai e da avó.

F.F.G é estudante de geografia da USP (Universidade de São Paulo) e morava havia cerca de dois meses com a filha no apartamento onde tudo aconteceu, próximo da universidade. Vizinhos disseram que não conhecem mãe e filha.

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