Topo

Tinha que resolver, diz PM que expulsou homens de vagão exclusivo no metrô

Jéssica Nascimento

Colaboração para o UOL, em Brasília

01/06/2019 04h00

Cinco homens foram expulsos pelas ocupantes de um vagão exclusivo para mulheres e pessoas com deficiência no metrô do Distrito Federal. O caso ocorreu na Galeria dos Estados, na Asa Sul, na noite de quarta-feira (29) após o show gratuito da cantora Marília Mendonça, na Torre de TV.

Quem aparece nas imagens empurrando um passageiro para fora da composição é a policial militar Cely Farias, 34. Ela conta ao UOL que está de férias e, por isso, não se identificou ou manuseou arma de fogo.

Cely explica que estava no final do vagão quando ouviu várias mulheres gritarem. Quando chegou, ela percebeu que os homens seguiam viagem no vagão que não deveriam estar. Ela pediu pra um deles sair, mas ele não acatou a orientação.

Cely Farias - Jéssica Nascimento/UOL - Jéssica Nascimento/UOL
Cely Farias ajudou mulheres a expulsarem homens de vagão exclusivo no metrô do Distrito Federal
Imagem: Jéssica Nascimento/UOL
"Não me ouviu e fez questão de ficar de deboche e decidi empurrá-lo. Depois dessa atitude, outras mulheres confrontaram o restante dos homens que estavam no fundo do vagão e ordenaram que saíssem. Sob vaias e protestos, todos se retiraram", recorda a policial.

Cely também disse que agiu por impulso, mas que não se arrepende. "Eu não agi com violência. Fui atrás de um benefício feminino. Não usei força e não tive muita escolha. Tinha que resolver isso", avalia.

De acordo com o Metrô, a empresa recebe cerca de 20 denúncias para relatar casos de desobediência e pedir a ampliação do benefício com estes vagões. A entidade também informou que agentes de segurança fazem a vistoria constantemente na área.

Segundo o Metrô, o vagão exclusivo para mulheres e pessoas com deficiência foi adotado em 1º de julho de 2013. Apesar de a lei não prever punição aos infratores, os agentes fazem abordagem em homens que não se enquadram na legislação, de forma educativa. Quando há flagrante de desrespeito, o usuário é convidado a se retirar e, se houver resistência, ele é retirado do carro, pode ser encaminhado à Delegacia de Polícia e responder por crime de desobediência.