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MG: operação La Casa de Papel prende suspeitos de atacar caixas eletrônicos

Integrantes de quadrilha presa e material apreendido em Minas na operação La Casa de Papel  - Divulgação / PM MG
Integrantes de quadrilha presa e material apreendido em Minas na operação La Casa de Papel Imagem: Divulgação / PM MG

Daniel Leite

Colaboração para o UOL, em Juiz de Fora

12/07/2019 17h31

Uma operação policial que recebeu o nome de La Casa de Papel prendeu, em Uberlândia (MG), 16 pessoas suspeitas de atacar caixas eletrônicos e de vender drogas, armas e carros roubados.

Como na série da Netflix de mesmo nome, em que um grupo organizado e fortemente armado invade a casa da moeda da Espanha, a quadrilha mineira era formada também por mulheres, detinha um arsenal pesado, explodiu caixas eletrônicos e realizou diversos roubos com divisão de tarefas entre os integrantes.

O bando começou a cometer os crimes em fevereiro do ano passado, com a explosão de caixas eletrônicos em Unaí, na região noroeste de Minas Gerais. Dois bandidos foram presos com fuzis, escopetas e munição de uso exclusivo do Exército.

Desde então, os investigadores começaram a rastrear a quadrilha por meio de interceptações telefônicas e realizaram apreensões de armas como fuzis, pistola com o chamado kit rajada (adaptada para aumentar a frequência dos disparos), explosivos e munições.

Em outra ação, os criminosos tentaram explodir caixas eletrônicos em Santa Vitória, também em Minas, em abril deste ano, mas foram impedidos pela polícia.

A quadrilha que invadiu a cidade, de 19 mil habitantes, era formada por cerca de 15 bandidos, segundo a polícia. Armados com fuzis e escopetas, o grupo abordou os militares gritando "Perderam!". Houve confronto, e um dos assaltantes foi morto --o restante fugiu.

Integrantes mascarados da quadrilha de ladrões de La Casa de Papel, série da Netflix - Divulgação/Netflix - Divulgação/Netflix
Integrantes mascarados da quadrilha de ladrões de La Casa de Papel, série da Netflix
Imagem: Divulgação/Netflix

O chefe do grupo, preso desde fevereiro, continuava a comandar os crimes por celular, já que não havia bloqueio do sinal na cadeia. Ele contava com a ajuda da mãe, detida na operação desta quinta (11). O outro filho dela também faz parte do bando e está sendo procurado.

A operação La Casa de Papel cumpriu 16 mandados de prisão --mais duas pessoas que não estavam entre os investigados foram presas por tráfico de drogas -- e 15 mandados de busca e apreensão. Foram recuperadas armas, munição, drogas, telefones celulares e maçaricos.

Participaram da ação 70 policiais militares e integrantes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público.