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Fernandinho Beira-Mar é condenado a 7 anos por lavagem de R$ 31 mi em MS

Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar - Fernando Souza/Agência O Dia/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar Imagem: Fernando Souza/Agência O Dia/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

16/07/2019 10h55

A 3ª Vara Federal de Campo Grande (MS) condenou no dia 8 o traficante carioca Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar, a sete anos, oito meses e 22 dias de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro.

As investigações apontam que ele teria movimentado R$ 31 milhões entre janeiro de 2006 e agosto de 2007, de dentro da Superintendência da Polícia Federal de Brasília, por meio de uma empresa de fachada com sede em Ponta Porã (MS), na divisa com a cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

A empresa Comercial J.E. Exportadora e Importadora - EPP, registrada para exportação e importação de produtos alimentícios, na verdade teria como finalidade "legalizar" o dinheiro obtido por meio do tráfico de drogas e de armas.

A Polícia Federal teria constatado, por meio de quebra do sigilo bancário da empresa, determinado pelo então juiz federal Sergio Moro, a movimentação de R$ 42 mil, a partir de 31 depósitos não identificados, em 12 de julho de 2006, um dia depois de ordem dada por Beira-Mar por telefone de dentro da prisão.

Mensagens e ligações telefônicas foram interceptadas pela polícia e apontariam que Beira-Mar continuava a comandar o tráfico de drogas e armas de dentro da prisão.

A defesa argumentou que a acusação de lavagem de dinheiro já havia sido objeto de ação penal anterior, dentro da Operação Fênix, que resultou na condenação de Beira-Mar tanto por lavagem como por tráfico de drogas e de armas. Disse ainda, conforme consta nos autos, que a interceptação judicial foi ilícita. Acusações que, segundo a sentença, não procederiam.

Capturado há quase duas décadas nos arredores de um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na selva amazônica, o traficante está preso desde então. Condenado a mais de 300 anos de prisão, ele cumpre pena atualmente na penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN).