Investigação desacelera à espera que STF defina foro da deputada Flordelis
As investigações do assassinato do pastor evangélico Anderson do Carmo, 42, estão em ritmo mais lento, segundo informaram ao UOL três fontes ligadas ao inquérito. Isso acontece porque o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e a Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo aguardam definição do STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito de possível investigação sobre a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), que era casada com Carmo.
Hoje ela não é investigada formalmente pela polícia, o que dependeria de análise do Supremo quanto a seu direito ao foro privilegiado neste caso. Cópias dos autos do inquérito foram enviadas ao STF, cujo recesso vai até a próxima quarta-feira (31), pela Polícia Civil e pelo MP do Rio com o intuito de que o Tribunal defina a competência de foro. A decisão caberá ao ministro Luís Roberto Barroso.
Parlamentares têm o direito de serem investigados pelo MPF (Ministério Público Federal) e julgados por tribunais superiores, e não por autoridades estaduais. Entretanto, decisão do STF no ano passado definiu que políticos perdem direito a essa prerrogativa quando um crime ocorre alheio ao mandato parlamentar.
Uma das fontes declarou que "o inquérito, atualmente, está andando a 20 km/h. Quando houver a decisão do STF, irá a 100 km/h".
Ontem, a mãe do pastor, Maria Edna Virgílio de Oliveira, 64, prestou depoimento na Divisão de Homicídios. Na saída, ela não revelou o teor do depoimento, mas rompeu publicamente relações com Flordelis. "Esquece de minha nora. Eu não tenho mais nora", afirmou.
Procurada pela reportagem, a assessoria da deputada informou que Flordelis "está encarando com normalidade todos os procedimentos de investigação. A investigação está entregue à polícia e a deputada está aguardando o resultado".
Dois de seus filhos estão presos pelo homicídio: Flávio dos Santos Rodrigues, 38, filho biológico da parlamentar, confessou ter dado seis tiros no pastor. Sua defesa nega a confissão.
Lucas dos Santos, 18, teria obtido a arma calibre 9 mm que foi usada no crime. O revólver foi encontrado em cima de um armário de um quarto usado por Flávio na casa de Flordelis e Carmo. Vídeos das câmeras de segurança ao redor da casa colocam ambos na cena do crime.
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