Morre caçula de família atacada a tiros em casa; sobe para 3 nº de mortos
O menino Wictor Almeida, 7, baleado dentro de casa em Marechal Hermes, na zona norte do Rio de Janeiro, morreu na noite de ontem. Ele foi baleado na cabeça na madrugada de quarta-feira (24) após dois homens armados invadirem o imóvel na rua Igaratá e atirar contra a família. De acordo com a polícia, o ataque foi provocado por uma suposta briga por herança. A mãe e a irmã de Wictor também morreram.
Luciana Almeida, 35, foi baleada na coxa e virilha esquerda e braço direito. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. A irmã, Lindsay de Almeida Reis, 15, morreu no local.
O pai do garoto e padrasto da adolescente, Waldir Dativo dos Santos, 41, foi atingido por diversos disparos, segundo informou a PM, e continua hospitalizado. O estado de saúde dele é considerado estável. Ele foi o único sobrevivente do ataque que ocorreu por volta de 3h de ontem.
Ontem, no IML (Instituto Médico Legal), o pai de Lindsay, Reinaldo de Oliveira Reis, disse que convivia com a menina e que ela nunca havia se queixado de atritos na família. Ele contou que recebeu a notícia sobre o ocorrido quando se arrumava para trabalhar.
"O mundo caiu, não consigo pensar em nada, só na minha filha que não vou mais ver. Não tenho coragem de entrar [no IML] para olhar, acho que tenho que ter a lembrança dela e não quero vê-la ali deitada. Muito triste. Espero que peguem quem fez isso. Eu confio na polícia, confio na Justiça e acredito que justiça vai ser feita."
Reinaldo descreveu a jovem como uma menina muito alegre.
"Ela escreveu um livro, na escola tem um livro com as participações dela. Era muito estudiosa, inteligente, uma menina ímpar, muito alegre, muita coisa para viver, mas infelizmente... Pedir para Papai do Céu dar muita força pra gente", disse.
Procurada, a Polícia Civil informou apenas que "as investigações seguem em andamento na DH [Delegacia de Homicídios] para apurar as circunstâncias das mortes".
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